Brasil: a potência da energia verde

André Naves*
25/05/2022 às 00:25.
Atualizado em 25/05/2022 às 10:26

O Brasil tem potencial para se tornar o líder global na produção e desenvolvimento energético limpo. Mas para que isso se concretize, necessário se faz que a sociedade civil lidere o país politicamente para patamares mais elevados de desenvolvimento efetivamente sustentável. No bojo dessa potencialidade, o crescimento da produção de energia fotovoltaica é um marco fundamental desta chamada energia verde e renovável.

Dentre as mais relevantes economias do mundo, o Brasil já tem posição de destaque na produção energética limpa e renovável, baseado na matriz hídrica. Entretanto, a mudança do regime pluvial ocasionado pela emergência climática denota as vulnerabilidades do setor hidrelétrico, que vem perdendo espaço, a cada dia, para a produção fotovoltaica de energia, que se aproveita da abundante e perene incidência solar em nosso país.

Festejamos que, em 2019, o mercado de energia solar no Brasil cresceu mais de 212%, alcançando a marca de 2,4 GW instalados. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foram instalados mais de 110 mil sistemas fotovoltaicos de mini e microgeração, correspondendo a R$ 4,8 bilhões e 15 mil profissionais trabalhando na área.

Do mesmo modo, os ventos são intensos em nosso território, especialmente no Nordeste, e a energia eólica, de acordo com a Aneel, é a segunda fonte de matriz elétrica brasileira, atrás apenas da hidrelétrica. Atualmente, o Brasil é o 7º no ranking mundial do Global Wind Energy Council (GWEC). Até o 1º semestre de 2020, estavam instalados 16 GW, em 637 parques eólicos e 7.738 aerogeradores, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), que prevê cerca de 24,2 GW de capacidade instalada até 2024, considerando leilões já realizados e contratos firmados no mercado livre.

De maneira similar, a produção nacional de biogás – em geral o metano combustível gerado pela fermentação anaeróbica de matéria orgânica de origem vegetal ou animal, como a biomassa, esterco, lixo orgânico –, tem crescido substancialmente. O volume de biogás para fins energéticos teve um aumento médio de 20% ao ano, entre 2015 e 2019; atingindo 23% de 2019 para 2020. Após o início de operação das 37 plantas que estão em fase de implantação ou reforma, o Brasil alcançará uma produção anual de 2,2 bilhões de Nm³. A energia verde também vem do etanol. O Brasil obteve, em 2020, 35,6 bilhões de litros provenientes da cana-de-açúcar e do milho. Foi a maior produção de etanol da história.

O Brasil clama por sustentabilidade!

*Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Sociais

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