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A Revolução no Bolso dos Brasileiros

Gregório José*
Publicado em 14/02/2025 às 19:00.

A forma como o brasileiro lida com o dinheiro mudou – e mudou rápido. Se há poucos anos ainda havia quem desconfiasse dos pagamentos digitais, hoje o PIX se tornou praticamente um sinônimo de transação financeira no país. A rapidez, a praticidade e a gratuidade para pessoas físicas tornaram essa ferramenta irresistível. Segundo pesquisa da CNDL e do SPC Brasil, 76% dos consumidores já o adotaram como principal meio de pagamento, superando cartões de débito, crédito e até o tradicional dinheiro vivo.

Mas o que esse número realmente nos diz? Ele mostra uma mudança de comportamento. O brasileiro, sempre dinâmico, ágil e adaptável, encontrou no PIX um aliado para o dia a dia. Pagamentos instantâneos, contas quitadas na hora, compras facilitadas e até transferências entre amigos e familiares sem burocracia. O tempo de espera na fila do banco virou peça de museu.

E, claro, o comércio sentiu o impacto. O lojista que antes dependia do dinheiro vivo ou dos cartões – e suas taxas abusivas – agora recebe à vista e sem intermediários. O consumidor, por sua vez, se livra do medo da máquina que não passa ou do troco errado. O mercado financeiro foi obrigado a se reinventar diante dessa verdadeira revolução digital, e os bancos tradicionais viram que, se não corressem atrás, ficariam para trás.

Outro dado interessante da pesquisa: 50% das contas de consumo, como água, luz e telefone, já são pagas via PIX. Isso demonstra que a tecnologia não é mais um “extra”, mas sim um elemento essencial na organização financeira dos brasileiros. Além disso, 83% dos consumidores já experimentaram o QR Code para pagamentos, enquanto 78% utilizam a aproximação, seja pelo cartão ou pelo celular.

No entanto, nem tudo são flores. Com a digitalização, vêm os riscos. O golpe do falso boleto, do QR Code adulterado, da transferência para um número errado – os criminosos não descansam. Aqui, a prudência faz a diferença. Conferir sempre os dados antes de confirmar a operação e evitar repasses por impulso são medidas básicas, mas fundamentais. No caso dos pagamentos por aproximação, definir um limite adequado pode evitar prejuízos em caso de perda ou roubo do cartão.

O fato é que o Brasil, um país que sempre teve desafios financeiros, encontrou no PIX um meio de inclusão e eficiência. Há poucos anos, falava-se da necessidade de bancarizar milhões de brasileiros. Hoje, com um celular na mão, qualquer pessoa pode pagar e receber dinheiro em segundos. O que antes parecia coisa de filme de ficção científica, agora está no bolso de todos nós.

A digitalização dos meios de pagamento não é só uma tendência – é uma realidade. E, como toda revolução, exige responsabilidade, atenção e, claro, um olhar para o futuro. O dinheiro físico pode nunca sumir completamente, mas uma coisa é certa: o PIX veio para ficar.

*Jornalista/Radialista/Filósofo

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