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Terça-Feira,17 de Setembro

A nova atmosfera corporativa

Leila e Décio Fortes
Montes Claros
28/07/2018 às 06:54.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:38

Os sinais de fumaça são claros e só não enxerga quem não quer ver... De novo, as grandes empresas experimentam profundas transformações na sua vestimenta diária, no seu jeito de administrar os negócios, na forma de tratar os assuntos, no modo de discutir a relação... Todos são chamados e ninguém é poupado nesta nova dinâmica, nesta guinada de perspectiva, nesta nova roupagem de lidar com o outro, com a novidade, com a informação e com os desafios que se sucedem velozmente...

Acabou de vez o lugar da burocracia, o trono da hipocrisia, o terreno da formalidade, a comunicação velada, o diálogo truncado, as hipóteses complexas, as interpretações lacônicas, as dúvidas no ar, a tirania da hierarquia, o domínio do medo, a lei do mais forte... 

Hoje mais importante para um executivo do que ter opinião sobre tudo e todos os assuntos, é ter ouvidos... Como a velha águia dos Andes, é preciso quebrar o bico torto, viciado em manipular demais, em julgar demais, em criticar demais, em opinar demais, em barrar demais, em falar demais, em procrastinar demais, em planejar demais, em organizar demais, em reter demais, tirando-o da zona de conforto e obrigando-o a reconstruir-se, mais ágil, mais simples, mais aberto, mais ousado, mais próximo, mais prático.

Ao contrário de ontem, deve haver estímulo ao erro, ao movimento, à tentativa, ao passo adiante... Em vez de ficar “peneirando” as ideias, o novo gerente deve incentivar implantações pela equipe, imediatamente, sem pudor... Só assim se desenvolve o senso de autonomia e responsabilidade necessárias!

É preciso desmitificar certos conceitos... A melhoria que normalmente dá resultados é a incremental, aquela que é sussurrada, urdida nas conversas do dia-a-dia, e não as radicais e disruptivas, que só aparecem de tempos em tempos mudando nossos padrões e tecnologia...

O ambiente de negócios é apressado e a competição acirrada... Não há mais tempo para longos debates sobre o que fazer, planos extensos e de longos prazos a cumprir, “power points” enfadonhos para assistir... Quem arranca na frente leva vantagem, quem fala direto comunica melhor, quem valoriza a ação colhe primeiro e quem simplifica bebe água mais limpa!

Da mesma forma que não existe caminho único, não há mais lugar no mundo corporativo para os pessimistas, retrógrados, medrosos, cautelosos, contraditórios que adoram polemizar, mas não apresentam uma solução concreta. O ambiente para o contraditório deve ser preservado, mas acima de tudo, deve-se priorizar a ação.

É preciso dar liberdade e autonomia aos subordinados... Cabe a eles, porém, a responsabilidade pelos seus próprios desenvolvimentos... Ninguém melhor do que eles sabem do que precisam e acima de tudo devem procurar investir em si próprios continuamente... Cabe a cada um projetar o futuro e dar mostras de que quer apostar nisto!

Por outro lado, é preciso incentivar o “vai lá e faça! Se der errado, assuma e concerte rápido!”

A nova onda é reconhecer que o resultado é mais importante que os métodos, que ser feliz é mais importante do que ter razão!

Cuide bem de seus negócios!


 

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