Nos últimos anos, uma revolução digital transformou drasticamente o modo como os consumidores interagem com as marcas. Com o crescimento do uso dos dispositivos móveis, o conceito de “mobile first” emergiu como uma estratégia crucial para o sucesso para as vendas online. Contudo, questionamos se os e-commerces estão verdadeiramente abraçando essa abordagem ou se ainda há desafios a serem superados.
Segundo a base de dados da STANDOUT, hoje o percentual de visualizações de produtos nos smartphones chega a 65% no geral. Para alguns produtos do segmento farmacêutico, como, por exemplo, antiácidos e analgésicos, esse percentual chega a 95%.
Embora a importância do “mobile first” seja amplamente reconhecida, muitos e-commerces ainda parecem não priorizar a experiência do usuário em dispositivos móveis. Lentidão na navegação, interfaces inadequadas e processos de checkout complicados persistem como obstáculos comuns. Esses problemas não apenas afetam a satisfação do cliente, mas também podem resultar em perdas de vendas significativas.
Implementar uma abordagem “mobile first” exige uma mudança cultural e organizacional. Muitas empresas continuam presas a estruturas e processos que priorizam plataformas desktop, tornando a transição para uma mentalidade móvel desafiadora.
Alguns comércios eletrônicos podem hesitar em alocar recursos significativos para otimizar a experiência móvel. Isso pode resultar em soluções rápidas e superficiais, em vez de investimentos substanciais que garantiriam uma experiência verdadeiramente aprimorada.
Diante desses desafios, surge uma alternativa intrigante: a abordagem “mobile-centric”. Em vez de simplesmente priorizar o smartphone, essa estratégia coloca o dispositivo móvel no centro de todas as operações. Isso implica não apenas otimizar o design e a funcionalidade, mas repensar todo o processo de compra com um foco exclusivo no usuário móvel.
Com o crescimento da participação de acessos à internet pelos aparelhos móveis, não priorizar o mobile numa operação de vendas de um e-commerce pode ser a diferença entre ter ou não ter um negócio promissor online.
O varejo deve estar onde o shopper está. E optar pela negligência ao mobile pode gerar frustração na experiência de compra, além de quase que garantir a infidelidade do consumidor para compras futuras.
Enquanto a filosofia “mobile first” é crucial, os e-commerces devem avançar para uma abordagem mais abrangente e integrada, como o “mobile-centric”. Somente assim poderão superar os desafios atuais, oferecer experiências excepcionais aos clientes e garantir um futuro próspero no cenário digital em constante evolução.
*COO da STANDOUT