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A importância da educação financeira

Fernando Lamounier*
Publicado em 12/01/2024 às 20:50.

Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que aproximadamente 47% da geração Z, jovens de 18 a 24 anos, não conseguem ter o controle das suas finanças pessoais. Esse cenário é de extrema preocupação, uma vez que os jovens são a base da sociedade e têm determinado controle da economia futura. Logo, a educação financeira é um pilar essencial no desenvolvimento de hábitos de poupança que, consequentemente, impactarão positivamente suas vidas futuras. 

O mesmo estudo revelou que a principal causa da falta de compreensão dos jovens dos conceitos financeiros, com cerca de 19%, é o fato de não saber administrar o dinheiro. Dessa forma, a educação financeira é uma das grandes soluções, pois capacita os jovens a desenvolverem habilidades de planejamento que são cruciais para o sucesso financeiro a longo prazo, e consequentemente da economia do país. Um exemplo disso é a Noruega, o país com a população mais educada financeiramente do mundo, segundo a Univali, e se encontra na oitava posição dos países mais ricos, de acordo com a revista Global Finance.

Ao aprenderem a criar orçamentos, estabelecer metas realistas e acompanhar seus gastos, além de aprender a investir, diminuem a probabilidade de sofrerem com os obstáculos econômicos. Porém, no Brasil, o cenário é outro, uma vez que investir não é um hábito que engloba grande parte da população, apenas 36% dos brasileiros investem seu dinheiro em produtos financeiros, segundo dados do ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Isso ocorre, muitas vezes, pois as pessoas não possuem conhecimento das maneiras de aplicar o dinheiro. O consórcio, por exemplo, é um método de compra que requer compreensão básica de finanças e economia.

Para fazer com que esse número se altere, a formação econômica do público juvenil, deve-se ensinar sobre a economia em geral e as finanças pessoais. No Brasil, a compreensão plena dos princípios básicos econômicos é imprescindível, em especial quando o número de endividados do país é expressivo. Aproximadamente 71,81 milhões de brasileiros se encontram em situação de inadimplência. 

Entretanto, mesmo que, hoje, a educação financeira faça parte da Base Nacional Comum Curricular, ela não está dentro das matérias obrigatórias das instituições, dessa forma o ensino ou não dos conceitos econômicos fica a decisão de cada escola. 

Investir na educação financeira dos jovens é investir no futuro. Ao capacitá-los com conhecimentos e habilidades financeiras, há a formação de uma geração de poupadores conscientes, capazes de enfrentar os desafios econômicos com confiança e responsabilidade, além de contribuírem para a economia do país. Logo, a não pode ser subestimada, pois cria uma base sólida para o sucesso financeiro e contribui para uma sociedade mais financeiramente saudável.

*Diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios

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