A educação é um tema gasto e está em decadência em nosso país. Será que a educação que recebemos nos basta? A educação é somente aquela que recebemos em casa ou nas escolas?
Pensando que educar é trazer luz à ideia, cabe a ela nos guiar para melhores práticas de vivências coletivas e individuais. A instituição Escola muitas vezes se torna sobrecarregada pela transferência de responsabilidade do ato de educar. É necessário que vejamos que educação vai muito além de assimilar conteúdos do ensino formal, e devemos compreender que os pais e a sociedade são também fator contribuinte e participativo na construção diária da formação de todos os seres.
Compreender qual é a função da escola é um ponto base para que possamos pensar em educação como ação política popular e transformadora. É importante que saibamos que a escola pode começar e auxiliar neste processo, porém os pais e toda a sociedade têm por obrigação contribuir e dar continuidade. Afinal, é necessária uma mudança coletiva para formarmos uma geração mais desenvolvida.
Assim como é necessário pensar na educação versada na conduta e na formação, é fundamental pensar nela como descoberta ou aperfeiçoamento para diversos âmbitos de nossas vidas, visar a educação política, a educação financeira, a educação emocional, a educação do nosso físico, a educação no trânsito, a educação sexual, a educação de comportamentos, etc. Em resumo só nos tornaremos seres completos na sociabilização quando a educação for um projeto comum, aí sim resolveremos conflitos e diferenças latentes.
O nosso país é de iletrados que ainda não estão dispostos a se dedicar à educação das massas, a fortalecê-la e a pensar em um melhor viver em sociedade. Continuamos jogando a educação de lado, segregando, dispensando, elitizando, deixando-a como uma responsabilidade e projeto para depois, para poucos acessarem, utópica, onerosa e para somente as instituições a proverem.
Simplesmente a educação também é o caminho e a arma para combatermos as desigualdades, o retrocesso, a corrupção, a violência. Afinal, estamos em guerra, não entre nós mesmos, mas contra a ignorância. Saibamos que a educação que recebemos não deve e não deveria nos bastar.
*Mestre em Letras/Estudos Literários e professora de espanhol