A difícil tarefa de relaxar

Camila Bastos*
18/05/2022 às 00:05.
Atualizado em 18/05/2022 às 10:06

Medo, preocupação excessiva, sensação de que alguma coisa ruim está prestes a acontecer. Alguns dos efeitos físicos desse misto de sentimentos que caracterizam os transtornos de ansiedade costumam ser as mãos trêmulas, os batimentos cardíacos acelerados, o aumento da pressão e a dor no peito. Especificamente no Brasil, familiarizar-se com todos esses sintomas é comum, visto que 9,3% da população sofre de ansiedade.

Já éramos mais de 18 milhões em 2019, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Quantidade suficiente para nos enquadrarmos no topo do ranking. Sim, nós somos o povo mais ansioso do planeta. E ficamos ainda mais a partir da pandemia. A mesma OMS apontou que houve um crescimento de 25% nos índices de ansiedade nos países atingidos pela Covid-19.

Mas um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ainda nos meses iniciais após o coronavírus, afirma que 80% da população brasileira desenvolveu algum grau de ansiedade de moderado a grave desde então. A pesquisa ainda reporta que 68% dos brasileiros também apresentaram sintomas de depressão. Isso, é claro, tem impacto direto na saúde geral do brasileiro, formando um efeito cascata que faz acender o sinal de alerta das autoridades.

Dependendo do nível de ansiedade de um indivíduo, é difícil de imaginar que ele esteja desfrutando de um sono de qualidade, de um desempenho sexual satisfatório, de uma dieta adequada. Ou seja, a ansiedade tem a capacidade de invadir outras instâncias do dia a dia que não se limitam apenas aos momentos de crise. Diante disso, muitos dos que enfrentam o problema buscam respostas à mesma pergunta: como superar a ansiedade?

Primeiro, é importante entender que a ansiedade afeta antes as condições psíquicas do indivíduo, mas que atinge também seus aspectos físicos. Por isso, é importante pensar num tratamento multifacetado – praticar atividades físicas regulares, realizar relaxamentos, melhorar a qualidade da alimentação e evitar produtos como cafeína, álcool e nicotina. O próprio paciente pode fazer uma autoleitura para observar quais são os momentos em que ele mais se submete às crises de ansiedade. Mas é bastante válido também recorrer a um acompanhamento profissional.

Num mundo onde tudo parece andar num ritmo cada vez mais rápido, a ansiedade não chega tanto a surpreender. Mas vale pisar no freio e buscar recorrer a hábitos de vida mais saudáveis, que ajudem a eliminar essas crises.

*Gestora de marketing da You Saúde

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