Adriana Queiroz


Repórter

Ana tinha sempre um sorriso, em todas as circunstâncias. E era um sorriso genuíno que refletia tranqüilidade, sem esconder um constante empenho e uma dedicação absoluta.

E continuaremos precisando de seu exemplo de coragem e determinação. Seu olhar de moça criança. A estrela continuará brilhando no céu que é seu por direito.

Com certeza, sua nova estrada espiritual será plena de luz.

Centenas de pessoas emocionadas participaram na última terça-feira, da Missa de 7º dia em memória de Ana Noronha, celebrada na Catedral Metropolitana, oficiada pelo padre Antônio Carlos, amigo da família.

Ele relembrou com alegria momentos de sua passagem entre nós.  Após a benção final as meninas do grupo Dance Mania, que era dirigido por Ana, fizeram uma bela apresentação - uma catira - com sua filha Carol, as sobrinhas Daniele e Fernanda, que interpretaram Tempo das Águas, um dos números preferidos de Ana.

- Toda a vida de Rotary e Elos, a gente conheceu Ana; pessoa alegre, desprendida, dedicada, amiga de todos. Ela sempre trazia uma coisa diferente, uma novidade, um número artístico, como foi mostrado nesta missa hoje. Portanto, nos pegou de surpresa a ida dela à casa do Pai. Toda a comunidade de Montes Claros, especialmente o Rotary, o Elos, locais onde ela já trabalhou e trabalhava. Uma pessoa que vai deixar um vazio muito grande. Imagino o vazio que já está na família.  A gente pede a Deus, Menino nascido neste Natal, que ela esteja com Ele, num bom lugar. É o que a gente espera, aguarda e deseja para Ana, nesta nossa despedida.


Ana Valda Vasconcelos

- Tive a oportunidade de conviver com Ana, na fábrica de cimento, onde ela foi uma secretária que orientou todo o processo de desenvolvimento, do serviço de apoio, da criação da Associação de Secretárias do Norte de Minas. A gente acompanhou a vontade de Ana, que se formou em Direito. E como secretária executiva, foi a grande mestra, a grande professora das secretárias que se formaram a partir da década de 70, quando ela nos ensinou a todos, esse processo de assistir e servir.


Depois da fábrica de cimento, eu acompanhei Ana como companheira de Rotary, no Rotary Norte. Ela sempre disponível para os serviços da missão rotariana. Acompanhei Ana nos apoiando em várias realizações de encontros e congressos da Máster Turismo. Foi uma pessoa que nos encantou pela vibração pessoal que tinha, pelo entusiasmo como se dedicava a sua filha Carolina, não só como mantenedora, como mãe, mas como empresária, como grande estimuladora da arte, não só da Carol, mas de outras pessoas que se despontaram aqui em Montes Claros, que ela emprestou seu entusiasmo e seu talento para divulgar. Então, a Ana parte muito cedo, ela ainda tinha uma missão muito grande pela frente e todos os seus amigos que ficam aqui, ficam na certeza de que ela está realmente vivendo um tempo novo, uma missão nova dentro da sua filosofia de realização pessoal e profissional. Perde Montes Claros, seus amigos e a grande família que ela criou nesse espaço que conquistou, na própria Funorte, na assessoria de Ruy Muniz. Em todas as missões que ela desenvolveu, ela emprestou o seu talento e, sobretudo, seu entusiasmo.


Alexandre Pires Ramos

- Falar de Ana é difícil. É difícil porque ela era uma irmã, companheira, professora. Nós trabalhamos juntos na Matsulfur, muitos anos e continuamos juntas no secretariado. Ela foi a primeira secretária-presidente da nossa associação de secretárias. Foi ela quem levantou a bandeira de secretária executiva aqui dentro de Montes Claros. Ana foi uma lutadora, em tudo ela estava à frente com muito carinho, de peito aberto.


Dulce Guedes

- Falar de Ana é difícil, porque ela deu um exemplo de luta, de grandeza. Uma grandeza espiritual muito grande, um coração extraordinário, uma mulher de doação, uma mulher que lutou intensamente para que essas meninas pudessem estar hoje na situação que estão. Eu tive a felicidade e alegria de acompanhar essas meninas, desde o primeiro passo delas, já trabalhei com elas. Acho que Ana fez a parte dela. Tenho a impressão de que numa hora dessas, em que nós estamos tristes, ela está muito alegre, porque ela foi sem dúvida nenhuma, uma vitoriosa. 


Gelson Dias

- Ana era uma pessoa iluminada. Ela nos deixou o exemplo de que a mulher norte mineira pode desbravar o mundo. Ela nos trouxe muita luz, muita capacidade de trabalho, apesar de todas as dificuldades de ser mulher, no tempo dela, de estudar depois de já moça. Ela trouxe pra gente esse exemplo de garra, de força de vontade de trabalhar e deixa também, entre nós, uma fé muito grande nas pessoas, na transformação das pessoas pela educação. Ela sonhou muito em estudar. E tudo que conseguiu foi através dos estudos, e ela continuava fazendo isso com outras pessoas.


Tânia Raquel de Queiroz Muniz