A troca das lâmpadas e o desperdício de energia

Jornal O Norte
Publicado em 29/07/2008 às 23:25.Atualizado em 15/11/2021 às 07:39.

Por Marcos Ellert


 


Apesar das chuvas o nível dos reservatórios de água nas regiões Sudeste e Centro-Oeste continua baixo, e a capacidade de armazenamento das usinas com menos de 50% do total. Em meio a tanta preocupação sobram especulações acerca de mais um racionamento de energia e fica uma dúvida: se o impacto da falta de eletricidade pode afetar a economia do país, como é possível permitir que se desperdice energia elétrica principalmente com o uso de lâmpadas fluorescentes de baixa qualidade?



Passado o caos do apagão em 2001, o uso das fluorescentes compactas virou hábito dos brasileiros como forma de sentir a economia no bolso. Como conseqüência, os produtos de baixa qualidade invadiram os mercados, ganharam as prateleiras e, em seguida, milhões de lares em todo o país. No entanto, finalmente, o cenário tem chances de ser alterado.



 Desde o final do ano passado o governo tomou uma firme decisão: por em prática a determinação feita em junho de 2006, após decisão conjunta do Ministério de Minas e Energia e das empresas fabricantes e importadoras de lâmpadas. Dessa forma, os varejistas não poderão mais vender fluorescentes compactas sem que os produtos atestem sua qualidade. Para isso, será medido o nível de eficiência de acordo com o quanto é gasto de energia para fornecer determinada quantidade de luz. E as embalagens deverão trazer informações sobre luminosidade e potência.



De fato, não é possível aceitar que continuem a ser comercializadas fluorescentes compactas sem a aprovação do Instituto nacional de metrologia, normatização e qualidade industrial (Inmetro) e sem o selo nacional de conservação de energia (ENCE). Toda ação para reduzir a quantidade desse tipo de lâmpada de baixa qualidade do mercado é mais do que bem vinda, é primordial, porque é no mínimo incoerente utilizar um produto para economizar energia quando ele não é de fato eficiente. Afinal, não estamos falando de uma lâmpada, mais de no mínimo milhões de unidades que refletem aproximadamente o consumo desse produto no país.



 Com a ação, todos os consumidores ganham, o país ganha, porque trata-se da garantia de um produto que, além de ser economizador, oferece maior durabilidade e menor necessidade de manutenção. Resultado: mais um ponto para o meio ambiente.


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* Marcos Ellert é gerente de marketing da Osram, a empresa mais inovadora no segmento de lâmpadas economizadoras de energia, que em 1985 inventou as lâmpadas fluorescentes compactas eletrônicas, as mais utilizadas atualmente. Além disso, a multinacional alemã já está adequada ao processo do ENCE desde o início de sua implantação, bem como a qualidade de seus produtos desde sua criação.

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