A mística da intuição

Jornal O Norte
12/08/2005 às 22:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:49




Raphael Reys *




- Todo ato de conhecimento envolve uma intuição de Deus, pois implica uma unidade do real e do ideal, do objetivo e do subjetivo. (John Dewey)

 

Paulo, o apóstolo tardio, na sua I Carta aos Coríntios, comenta que:



Deus tornou louca a sabedoria do mundo.                                                          

 

O nosso escritor Petrônio Braz, em sua recente série Intuição e racionalísmo, publicada no suplemento Opinião, do jornal O Norte, nos fala da fenomenologia das previsões, dos efeitos ditos poltergeist, da mística especulativa das manifestações  parapsicológicas. São, enfim, os estudos de ESP, muito em voga na atualidade, assim como o foram no início do século 19.




Sugere o mestre e escritor a crermos somente nos nossos próprios pensamentos, os quais, entretanto, se derivam do nosso inconsciente que foi antes codificado pelo consciente objetivo (falível), este último filho da ilusão e da subjetividade.




Tudo é muito quixotesco!





Razão tinha Cervantes ao criar os dois personagens psicanalíticos que representam o consciente objetivo - Sancho Pança, que tem a força mas falta-lhe o discernimento - e o inconsciente - e Dom Quixote, que tem o discernimento mas carece da força e da objetividade.





Daí ser perigoso confiarmos apenas nos nossos próprios pensamentos, pois desconhecemos totalmente a formação dos mesmos no nosso inconsciente profundo, a sua ordem, ou mesmo o seu fluxo. É como num software: as janelas e os atalhos, além da possível virulência que o mesmo foi exposto e pode estar afetado.




- Há mais segredos entre o céu e a Terra do que compreende a nossa vã filosofia.





São as chamadas razões que carecem de um objetivo definido para classificar as suas origens. As razões estão expostas em sua formação à nossa subjetividade. A intuição se origina no divino em nosso interior.   





A própria máxima de Descartes, Penso, logo existo, já é uma resultante da bipolaridade que produz as manifestações falíveis, percebidas pelo nosso consciente objetivo. No dizer de Freud, o inconsciente é coletivo. E as reminiscências, seriam platônicas?

 






As revelações e verdades metafísicas são sempre naturais, daí que a astronomia pode ser a metafísica de manifestação da astrologia. É o inverso do inverso/image/image.jpg?f=3x2&w=300&q=0.3"right">


* Cronista





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