João Rodrigues dos Santos - Professoer DÃO
Contam os antigos, que no interior do Brasil, quem sabe no Mato Grosso ou Amazonas...
Vivia naquela região a tribo dos Guaicurus, índios cavaleiros, que sabiam domesticar qualquer cavalo.
Os Guaicurus, pegavam os cavalos selvagens escapados das criações dos portugueses ou dos espanhóis e os tornavam bons para monta.
O trabalho era todo feito dentro da lagoa, onde o cavalo cansava depressa e o cavaleiro não machucava com as quedas.
Um certo dia, na OCA DE CAIMÃ nascia uma menina de pele clara, que com o passar do tempo foi se tornando a alegria da aldeia.
Era muito bonita tinha os cabelos negros como a noite, seu sorriso era como o aparecer do clarão da lua agradando todos aqueles que estivessem por perto.
Os dias foram passando e MANI aquela menina alegre foi se tornando moça cheia de graça e querida por todos da tribo e amada por quem perto dela chegasse.
Um certo dia MANI adoeceu; a OCA do CAINÃ foi se tornando triste, por causa da enfermidade sofrida por MANI.
Certo dia, a menina cheia de graça separou definitivamente de toda a tribo.
Certamente TUPÃ a queria para alegrar sua casa lá no alto onde os mortais não podiam chegar.
MANI foi sepultada perto da CAIÇARA que protegia a tribo; estava tudo acabado, mas, na terra fofa da sepultura nascia um pequeno arbusto sempre verde cujas folhas cumpridas pareciam querer abraçar aquele que por perto chegasse. Na terra fofa apareceram grossas raízes; em reunião na OCA de CAINÃ foram experimentadas e tinham ótimo sabor; muitos galhos foram distribuídos e muitos passaram a cultivar aquela planta da sepultura de MANI. Assim aquela planta foi sendo chamada de MANIOCA que significa CASA DE MANI. Esse alimento tão apreciado por todos nós foi à sustentação de todas as tribos brasileiras.
Quando os portugueses chegaram aqui, a mandioca já era um alimento muito antigo dos índios brasileiros.