No Brasil existe interpretações diferenciadas das leis. Elas existem quando a maioria dos cidadãos têm interesses individuais em jogo. Mas, se torna coletivo, o problema é dos outros. Agora mesmo dois fatos que movimentam a cidade chamam a atenção. Primeiramente são os novos táxis que foram licitados e vencidos por pessoas de bem, mas que estão tendo dificuldades para trabalhar simplesmente porque os taxistas mais antigos não querem ceder espaço para os mesmos. Foi preciso que a Empresa Municipal de Planejamento, Gestão e Educação em Trânsito (MCTrans), acionasse o Ministério Público sobre o problema criado, inclusive, com ameaças de ações mais violentas. O Ministério Público recomendou à empresa gestora do trânsito de Montes Claros que acione a Polícia Militar caso persistam as ameaças, hostilidades e agressões. O órgão judiciário ainda recomendou que seja feito o cancelamento das permissões dos profissionais que insistirem no uso da violência para intimidação dos seus colegas e dos agentes públicos municipais encarregados da fiscalização da atividade. Inclusive orientou aos insatisfeitos que procurem o poder judiciário para apresentarem os seus argumentos que, aliás, não são convincentes, pois se trata de uma legislação federal e municipal. Como se sabe, serviço era tímido pelo crescimento populacional de Montes Claros e foram incluídos mais 76 novos profissionais, somados aos 121 existentes, melhorando o serviço prestado na cidade.
Um outro fato é a taxa de resíduos sólidos que vem sendo cantada em verso e prosa por formadores de opinião, em sua maioria, residentes em áreas nobres de Montes Claros que estão revoltados com a mesma, criando um clima de que toda a população está revoltada com o alto custo da mesma. Ora, a lei está aí desde 2005, quando o prefeito era Athos Avelino, e com a Câmara Municipal aprovando mudanças na atual, resta ao prefeito Ruy Muniz respeitar a mesma e colocá-la em prática. É bom se esclarecer que a legislação federal pune o gestor que deixar de cobrar tributos, que responde por improbidade administrativa, levando-o até mesmo a perda de mandato. Mas como estamos em véspera de período eleitoral, tudo vale para quem quer enganar aos menos informados.
