Ajax Tolentino


Advogado e escritor     

As mulheres a cada dia estão mais cheias de opiniões, e ainda assumem varias funções ao mesmo tempo. São profissionais, filhas, esposas, amigas, entre outros atributos comuns à mulher moderna Os homens continuam os machões de sempre, e as mulheres se culpam, pois foram elas como mãe, que os ensinaram a ser assim.

Antigamente a mulher era criada para ficar em casa e fazer o serviço do lar. Mas agora tudo mudou, mais o pior, é que os homens não aceitam tranqüilamente que elas ganhem bem e paguem a conta.

Elas por trás de toda essa independência continuam querendo carinho, proteção, companheirismo, amor, etc. Só mudaram de situação financeira. Ganham bem e pagam a conta. Para os homens é uma humilhação. Não é pela perca de ser o provedor do lar, é por ter ela pagando a conta. Isso atinge profundamente o machismo deles.

Os homens ainda não entenderam que aconteceu uma mudança, e que há uma nova filosofia. O provedor é aquele que tem condições. Hoje não deve haver preocupação na união de um casal, em quem será o provedor, ele ou ela A independência feminina mudou a regra. Mas, muitos homens se sentem diminuídos diante disso. Por ter um novo mandamento depois evolução da financeira da mulher, ela pode ser a provedora.

É difícil julgar se mudou para melhor ou pior. Há divergências! Segundo o entendimento da maioria delas, dizem ter mudado para melhor. Mas segundo o entendimento de muito deles, mudou para pior. Antigamente eles eram os senhores do lar e suas esposas suas companheiras. Hoje o casal que é o senhor do lar, e em muitas vezes agora, a esposa que é a senhora do lar, o marido é somente o companheiro.

Estava em um barzinho despercebidamente, de repente chegaram três senhoras, cada uma em seu carro e sentaram a uma mesa, juntas.  Pediram bebida e começaram a conversar sobre vários assuntos. No fim, a falar dos maridos. A primeira falou:

- Lá em casa a lei é seca, o meu marido tem que ajudar a lavar as louças. Ele às vezes chega primeiro, quando chego está tudo lavado e enxuto.

Falou a outra:

- É, você está evoluída, eu não consegui isso não. Mal consigo que ele faça uma comida, na maioria das vezes um churrasco. Mas, depois o resto sobra para mim e a empregada.

A outra assim fala:

- Vocês são felizes, o meu é um matuto, nem colocar uma água para esquentar, para fazer café, ele faz. Uma vez tentei, e ele me respondeu: - Isso é serviço de mulher. É um ignorantão. Mas tem razão, é fazendeiro, tem dinheiro, mas não tem instrução.  

Chegou a vez de outra em nova rodada:

- Mas ele lhe dá o maior conforto. Você tem tudo e não trabalha.

Ela respondeu:

- Eu não tenho emprego, mas trabalho muito em casa. Quanto ao resto é verdade, até carro zero, ganho um todo ano. Mas quem faz tudo na minha casa sou eu. Tem a empregada só para ajudar, na hora que ele chega, eu que tenho que servir a comida. Ainda bem que é só nos fins de semana; sexta, sábado e domingo. Mas, tem muitas semanas que ele nem vem. Ele não vindo! Fico na folga, andando no carro para cima e para baixo. A outra então lhe falou:

- Seu menino caçula não parece com ele. É dele?

Ela respondeu rindo:

- Isso eu não faço.

A colega dela respondeu também rindo:

- Só falei por brincadeira, sei que você é séria.

As três pediram a conta e saíram. Prometendo nova reunião em outro dia. Quando todas estiverem livres e seus maridos trabalhando.

Na verdade as mudanças estão assustando os homens, em muitos pontos. Os tempos são outros. Agora elas não são somente as rainhas do lar, são também as provedoras e independentes.