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Quarta-Feira,28 de Maio

A grande farsa

Jornal O Norte
Publicado em 28/08/2008 às 10:36.Atualizado em 15/11/2021 às 07:42.

Wilson Silveira Lopes


Advogado e servidor municipal perseguido



Os jogos olímpicos trouxeram a farsa que excede aos limites naturais do ser humano. Na abertura dessas olimpíadas de Pequim pudemos sentir – ou será que não percebemos ou não sentimos? – a maldade, insensatez, hipocrisia e covardia do Partido dirigente Comunista da China ao execrar para o mundo duas inocentes crianças, para que a grandeza de sua festa não pudesse sair de sua própria e malévola grandeza.



Para isso então a garotinha Yang Peiyi, chamada de “menina feia” pelo Partido Comunista Chinês, foi obrigada a se esconder atrás de um tablado e com a sua linda e maviosa voz cantar a canção “Ode à Pátria”, enquanto, por outro lado, a garota Lin Miaoke, de dentinhos não desalinhados, praticava a mímica de cantar. Parecia que a sua face – qualificada pelo PC Chinês de “menina de boa-aparência” - expressava até mesmo aquela face pompesca, arrogante que é própria dos membros do Partido Comunista, que são vistos nas televisões do mundo sempre com os cabelos pintados de preto, pois dizem, que os pintam diariamente e até a hora da morte, significando também que não costumam respeitar nem mesmo os seus  próprios cabelos brancos. 



Nós que adoramos a atividade esportiva, vimos naquela abertura dos jogos olímpicos uma mentira sem par e, uma amostra de como todos aqueles que professam o comunismo no mundo, entendem por direitos humanos. Acho que para pessoas totalitárias, revolucionárias e mutifacetadas de outras cores também daninhas, direitos humanos não é coisa para “seres humanos”, mas sim, para um certo tipo de “sociedade humana”. O que vale é o arbítrio, a ganância e o poder. O indivíduo para essa gente significa apenas uma peça que compõe a engrenagem; um “pedaço de carne” que pode ser de mais-valia ou de nenhum valor, dependendo da aparência.



Tudo isso em nome da ideologia comunista, que para tal por aqui também não faltam seguidores, desde os ideólogos da Teologia da Libertação do ex-comungado Leornado Boff, até àqueles inocentes úteis que se julgam importantes e confortados por guardarem em seus cérebros ocos esta ideologia que já teve o seu tempo de morticínio.  



Quando a Rússia à beira do colapso, em sua obra “Reconstruindo a Rússia”, escreveu Alexander Solzhenitsyn: “o despertar da autoconsciência nacional russa tem sido, a longo prazo, incapaz de livrar a Rússia da idéia de super potência e de delírios imperiais. Tomou conta dos comunistas a noção falsa e forçada do patriotismo soviético”.



- Extraído do artigo “Putin, o terrível”, de Álvaro Vargas Llosa, publicado no Diário do Comércio do dia 13/08/2008 –



A maldade perpetrada contra aquelas garotinhas chinesas, reflete apenas o pensamento do mundo comunista de que o ser humano somente pode servir como “massa de manobra”, “um pedaço de carne” a permitir o alcance do objetivo final: o poder socializante dominador em toda a face da terra.

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