André Senna *

Às vezes me questiono: será que quem é suplente em cargos públicos tem firmeza para levar avante seus projetos com garra? Entendo que o mandato não é legitimamente dele, pois ele só está ali por causa da impossibilidade do que realmente foi eleito para ocupar o cargo. Tem muita gente por ai que anda de pulga atrás da orelha. Assim imagino uma vez que estão na verdadeira corda bamba da suplência.

Se eu fosse político pediria aos deuses para não ficar na situação de suplente. Dorme no cargo e acorda desempregado. Que horror! No caso dos senadores então chega a ser uma afronta à democracia um suplente que mal teve nem o próprio voto assume uma cadeira onde a representatividade da nação está o tempo todo a prova. Bom mas se não existisse o suplente quem daria cobertura nos casos de impossibilidade do verdadeiro detentor do mandato.

É importante sim a presença do suplente. O que não é muito bom é ficar com a barba de molho o tempo inteiro. Sem falar que ele apesar de seus votos não entrou pela porta da frente onde quer que seja o local de atuação. Mas no caso do senado não deveria ter suplente. O correto seria ter um vice como no executivo.

O suplente de senador não tem voto nenhum. Muitas vezes o povo não sabe nem de onde surgiu aquela figura que exerce um cargo de tamanha significância. Bom, vamos repensar a política e seus métodos. Sempre devemos buscar a excelência naquilo que fazemos. Uma representação só é legítima quando o eleitor é respeitado.

Vamos buscar um país melhor para nós e nosso filhos e netos. E quanto à suplência, é frágil sim, porém de muita importância. Desejo boa sorte aos suplentes e que eles façam as coisas certas e de interesse do povo. É preciso muito equilíbrio. Estamos de olho!

* Universitário