Everaldo Ramos (*)
Tem o verde da esperança de um dia poder ver a nossa cidade livre do bairrismo político equivocado, peculiar à mentalidade mediana de alguns. Ela é diversamente multicolorida, assim como diversa é a paixão do nosso povo pelo esporte, Quer seja ele praticado com as mãos ou com os pés. A camisa que todos nós vestimos não reflete a deselegância daqueles que se esquecem que Montes Claros é muito maior do que os interesses pessoais, infelizmente tão presentes no fazer político de alguns.
A camisa que Montes Claros atualmente veste tem o vermelho peculiar àqueles que se indignam com a maneira desrespeitosa como o atual prefeito trata a sua gente, ao montar um projeto eleitoreiro materializado num time de voleibol repleto de forasteiros, que somente aguardam um convite para daqui partirem e nunca mais voltar. Ela tem a diversidade de cores e a marca da ousadia de quem sonha e realiza o improvável. Ela é molhada de suor daqueles que labutam noite e dia e vão ao estádio para extravasar suas emoções.
A camisa que todos nós vestimos não é de um dono só, mas de todos que amam nossa cidade e que há muito sonhavam ver um time daqui, na primeira divisão do Campeonato Mineiro. Ela representa a gana dos que realizam sonhos, a vontade de quem nunca reluta em fazer e, principalmente, a nobreza daqueles que de fato fazem a história acontecer.
Por tudo isso, a camisa que nós vestimos merece respeito de todos. Ela não será maculada por qualquer gesto de deselegância de alguém acostumada desde outrora com os mimos do poder. Por que a camisa que todos nós vestimos é símbolo de garra, resistência, superação, luta e um incomparável amor por Montes Claros.
A camisa que todos nós vestimos é a tricolor do Funorte Esporte Clube. E caso a pró-reitora de extensão da Unimontes, Marina Queiroz, não saiba, o Funorte é Montes Claros na elite do futebol mineiro, apesar do todo descaso por parte de alguns que, como ela, ainda não se conformaram com isso.
(*) Professor de História e Bacharel em Direito