O dinossauro que virou lagartixa

16/04/2020 às 01:12.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:17

Estou encantado com a leitura que fiz do livro de dona Amelina Chaves: “O Dinossauro que virou Lagartixa”, uma história para os pequeninos e que logo eu me vi um curumim de pés descalços e barriga grande. É impressionante a capacidade criadora da ilustre escritora. Ela consegue, com poucas palavras, prender os seus leitores, com as mais belas narrativas das histórias infantis ou mesmo para aqueles maiores de idade com os seus contos extremamente eróticos. Amelina Chaves tem a simplicidade das belas palavras, a mágica das letras soltas e o enigma das frases no murmurar da voz, tudo isso na doce ternura de sua escrita. Na prosa, a escritora produz contos que nos encantam e, nos versos, os poemas que nos seduzem. No burilar das letras, juntando pecinhas aqui e acolá, ela vai formando e informando a sua interessante história de vida, de amor e de paixão. Eis aí o dom que Deus lhe deu!

Tenho uma grande admiração pela literatura da confreira Amelina Chaves. Agora com a publicação de mais um livro infantil, confesso, com alegria: Amelina Chaves vasculhou, com carinho, a minha vida de menino peralta. Lendo o seu livro fiquei completamente nu, catarrento, birrento e totalmente desligado do meu mundo de agora. Lembrei-me das lagartixas caçadas nas pedras do quintal de nossa casa, dizendo para o meu irmãozinho que aquelas criaturinhas eram os jacarés da lagoa grande do Gentio. Ah, como a imaginação das crianças vai muito aquém do seu tempo!

Foi uma leitura rápida e fácil, mas o suficiente para uma longa jornada de volta ao passado que já vai longe, muito longe. “As fontes cantarolavam no silêncio das tardes...”, dizia ela. É verdade. Na minha meninice de antanho, a natureza era a minha constante e inseparável companheira, armar arapucas nos campos e nos roçados, buscar umbu no mato assim que o umbu começava a madurar, pegar mutuca em vidrinhos de penicilina e correr atrás das coloridas borboletinhas, eram as brincadeiras de crianças que hoje não tem preço e nem espaço.

Contar estórias para as criancinhas Amelina sabe fazer. E faz com arte. Contar histórias para os adultos Amelina faz também. E faz bem feito. Assim, na escola da vida nós vamos aprendendo tudo aquilo que o tempo das universidades ainda não nos ensinou.

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