Literatura de cordel no IHGMC

11/06/2020 às 00:01.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:44

Outra vez debruço sobre a literatura de cordel do associado Josecé Alves dos Santos. Desta vez, ele desnuda o perfil de cada membro da Academia Montes-clarense de Letras, falando com blandície do trabalho de cada um, em prol da literatura e da história. Antes mesmo, ele nos apresenta “Um Pouco da História”, sobre a criação da entidade, por Alfredo Marques Vianna de Góes, em 1966, e no verso uma alentada galeria de fotos dos seus fundadores. O livro de Josecé dos Santos traz a inscrição de “Os Imortais das Letras” e é dedicado a Dona Yvonne de Oliveira Silveira e seu eterno companheiro Olintho Alves da Silveira.
 Os versos de cordel de Josecé, assim como as suas belas canções, são admirados pelos intelectuais de Montes Claros de Formigas. “É a nossa Academia/ Montes-clarense de Letras/ nasceu em sessenta e seis/ já pensando na colheita/ treze sócios de primeira/ treze assentos nas cadeiras/ treze punhos nas canetas...”. A seguir, ele canta e encanta o leitor com o seu arrebatamento de carinho e ternura, a cada confrade da instituição acadêmica de nossa terra. O olhar compassivo de Josecé dos Santos lhe dá crédito para o elogio, uma vez que a sua observação somente tende enricar as letras na literatura de cordel de Montes Claros e região.  No Brasil, a literatura de cordel ficou conhecida por volta do século 18, com o nome de poesia popular. Inicialmente, o poeta explorava fatos regionais da história, do folclore e da política, de maneira simples, que possibilitava o entendimento das pessoas mais coerentes com a realidade do povo sertanejo. Enquanto no velho mundo eram os “trovadores” que faziam as trovas de amor e de amigo, aqui, no sofrido nordeste brasileiro, foram os “repentistas” que as divulgaram em livretos de cordel nas ruas, nos largos e nas feiras das cidades, todos pendurados em linha de algodão, para a apreciação das pessoas.  Hoje, no quadro de associados do Instituto Histórico e Geográficos de Montes Claros, existe uma plêiade considerável de poetas populares. Vejamos, pois: Amelina Chaves, Carlos Renier Azevedo, João Nunes Figueiredo, Dário Teixeira Cotrim, José Walter Pires, o próprio Josecé Alves dos Santos e o representante maior de todos nós, o insigne cantador de viola Teófilo Azevedo Filho (Téo Azevedo).

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