Idael: uma mulé arretada e de riso fácil

25/06/2020 às 00:05.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:52

Agora, dona Idael completa 70 primaveras. Não se deve dizer a idade das mulheres, porque elas não gostam. Entretanto, neste caso é impossível não denunciar a idade da aniversariante com todo o meu respeito e com toda a minha admiração. Ela não vai ficar furiosa, pelo contrário, dará boas gargalhadas ao ler este preâmbulo que faço aqui. Por isso, meus parabéns, Idael, e muitas felicidades! Você, amigo leitor, sabe que o sorriso é a marca natural da felicidade. Quem sorri sempre tem o privilégio do bem-estar e do aconchego familiar. Já pensou se essa crise do coronavírus fosse tão somente uma “crise de risos”, contagiando todo mundo numa alegria sonora e sem controle? Imagine, então, a gatinha do Pedro Ribeiro Neto, dando as gostosas gargalhadas no tempo e no espaço do coronavírus. Dizem que o riso sempre pede um bis e que o resto é tão somente perda de tempo. Ah, se o riso fosse uma bola grandona em que ele pudesse ir e vir, assim como se faz sol no seu dia a dia, que gostoso que era! Na literatura de cordel eu encontrei uma frase que define muito bem a sorridente Idael. Pois, veja, que ela é uma “mulé arretada do riso fácil, avexada e às vezes sem juízo, sonhadora e que num perde a oportunidade de ajudar a quem gosta”. Aliás, a felicidade do regozijo é a felicidade do amor. Há exatamente setenta anos que o sorriso alindado de uma menina sobrevive até os dias de hoje. Quiçá, por muito tempo ainda o sobreviverá. 
 Nota-se, portanto, que o riso contagiante de dona Idael não deixa a tristeza se aproximar. O ambiente com ela fica leve, solto, e a cada gargalhada sua, um vendaval de alegria sobrevoa nossas cabeças, sinalizando que não há inicio e nem fim pra um momento risonho em nossas vidas. A simpatia de Idael, a todo instante se multiplica em antídotos contra o ódio e a dor. É preciso sorri à sua maneira, pois só assim estamos transformando o choro em riso e fazendo as pessoas muito mais felizes.
 Aliás, feliz quem tem uma alma-risonha em casa como a de dona Idael. Sabemos todos nós que a vida não é feita só de risos, mas temos a certeza absoluta de que o riso ainda é o melhor remédio para toda a tristeza que existe. A poetisa, Edna Frigaro, disse que “Pra hoje: quero uma flor no cabelo; uma esperança no olhar e na boca um desses risos bobos sem motivo”. É assim que vejo o perfil de dona Idael, sempre com sorrisos sem motivo nos lábios, fazendo o mundo cada vez mais humano e cada vez mais benevolente. Se um dia o riso for abolido de tudo, creio que não haverá mais razão para se viver, pois a vida não terá sentido e a felicidade não mais habitará na alma das pessoas!
 Parabéns, dona Idael, pelo seu aniversário. São sete décadas de riso e sorrisos que ri, que canta e que encantam seu fidelíssimo marido Pedro, seus filhos e netos e nós os seus amigos que orgulhosamente fazemos parte de sua vida.

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