Dia do historiador

08/08/2018 às 06:03.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:49

O Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, no próximo dia 19 de agosto, deseja a todos aqueles que batalham no resgate da história de Montes Claros um domingo feliz. É importante entender que a lei de número 12.130, de 17 de dezembro de 2009, de autoria do senador Cristóvão Buarque e sancionada pelo presidente em exercício José de Alencar Gomes da Silva, instituiu o dia 19 de agosto como sendo o Dia do Historiador, homenageando o maior abolicionista brasileiro, Joaquim Nabuco, que nasceu neste dia, no ano de 1849. 

O reconhecimento do IHGMC aos profissionais de historiar o passado para conhecimento do presente é uma forma de justiça, uma vez que o trabalho realizado por eles nem sempre tem a atenção das pessoas. Fazer a história acontecer é um ato de amor. Aristóteles disse que “o historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido”.

Aliás, é fácil escrever o que deveria acontecer, pois neste caso não é necessário a pesquisa, enquanto que o outro caso é preciso vasculhar gavetas velhas, documentos antigos, promover entrevistas e registrar depoimentos. Todo o trabalho deve ser processado mediante minuciosa pesquisa nos arquivos públicos e documentado em livros, apostilas e filmes.

Também manifestou Miguel de Cervantes sobre a história: “A história é emula do tempo, repositório dos fatos, testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro”.

Neste dia 19 de agosto, o IHGMC manifesta apreço de congratulações aos saudosos historiadores de nossa terra: comendador Antônio Augusto Veloso, que produziu a primeira monografia sobre a história de Montes Claros; Urbino Viana, que escreveu o livro “Montes Claros: Breves apontamentos históricos, Geográficos e descritivos”; Hermes de Paula que escreveu “Montes Claros: sua história, seus costumes e sua gente” e Henrique de Oliva Brasil que escreveu o livro “A História do Desenvolvimento de Montes Claros”.

Todos os demais são considerados cronistas. Na verdade, os cronistas são os verdadeiros historiadores, pois os seus textos trazem informações preciosas sobre a história do passado e do presente. Entre eles destacamos João Vale Mauricio, Haroldo Lívio de Oliveira, Ivo das Chagas, Luiz de Paula Ferreira, Ruth Tupinambá Graça e o casal Olyntho e Yvonne. O mestre Simeão Ribeiro Pires foi o único que escreveu sobre a história antiga do Norte de Minas, com o livro “Raízes de Minas”, dentre outros.

Não se pode escrever sobre os saudosos historiadores montes-clarenses sem citar os nomes de Cyro dos Anjos e Darcy Ribeiro, dois “monstros” da literatura brasileira, com vários livros publicados. Montes Claros, ao contrário do pensamento de alguns, é uma cidade de memória e tem muitas histórias pra contar pra gente.

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