Ao pé da janela

09/07/2020 às 00:39.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:58

Poesias – há quanto tempo não lia um livro de poesia assim! Ao pé da nossa Janela, belíssimo livro de poemas de Maria Cláudia “Cau” Alexandre e Jeanne Chaves: perfeito na sua linguagem, na construção dos versos, e nos assuntos do coração que se desdobra de alegria de tão viva emoção. Por fim, muito mais atraente se faz o livro na união de duas forças poéticas. Li-o duas vezes, aliás, três vezes, deslumbrado! Encantado!

A poesia foi inicialmente sentimento. Escutava o homem, em silêncio, a voz íntima que lhe falava o coração. Hoje, no momento em que a poesia começa a viver de contradições entre uma estrutura literária arcaica – do sentimento – e as necessidades de uma mudança para socorrer as exigências do mundo virtual, é que brota das mãos mágicas de Cau Alexandre e Jeanne Chaves – as esculturas das artes literárias – o belíssimo livro de poesia: Ao pé da minha janela. 

Pela importância da obra deveriam ser aqui duas apresentações totalmente independentes. Uma que discorresse sobre a nova postura em construir poemas – de Cau Alexandre e a outra – de Jeanne Chaves – onde o seu ideal poético se fez, ao mesmo tempo, dos sonhos mais lindos. Mas, não é não. Unas eles estão numa mesma apresentação, enfeitando com carinho a imaginação de suas autoras no burilar das palavras.

No primeiro momento notamos que a escrita de Cau Alexandre adapta-se muito bem à musicalidade, com a dança das palavras. Até porque, a necessidade das palavras formando expressões e frases que explodem no contexto de sua obra é-lhe uma busca incessante de sua substância ígnea. O seu poema “Cálido” expressa de relance o desejo erótico dentro de uma mansidão nos intervalos da tempestade. Na sequência, nos seus versos encontramos em “Bailemos” e “Morena”, dois poemas ricos de ritmos musicais na versatilidade da aliteração. E, outrossim, outros dois poemas “Palavras” e “Preciso de Palavras”, não obstante aos demais que compõem o livro, estes contem o princípio mais sólido do desejo feminino (o amor) e as ideias mais sublime do “explode coração” (a paixão). No estudo da poesia de Cau Alexandre notamos que ela se encaixa num rápido clarão de beleza e graça!

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