Eis aqui, caros leitores e amigos do confrade Alceu Augusto de Medeiros, o seu mais recente livro-romance intitulado de “A Enchente e os Milagres”, onde, de um precipício rochoso, os náufragos Rômulo e Ana Maria viveram um pouco mais de um mês os tristes momentos de uma tempestade incontrolável e longe de tudo e de todos, esperando um milagre acontecer. E aconteceu...
Prezados leitores, com a edição deste belíssimo livro-romance, cumpre o Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros o seu compromisso em divulgá-lo aos nossos associados, assim como, para todas as academias literárias de Montes Claros e do Norte de Minas. Primeiro, pela criatividade usual do autor na construção de uma história interessante, escrita com esmero, na leveza das palavras e sob o comando da emoção. Segundo, pela importância de sua obra que vem tratar dos aspectos físicos do nosso sertão mineiro, em especial o rio das Velhas e o São Francisco, mostrando a crença religiosa de um povo e o poder da determinação do sertanejo à frente de situações adversas do cotidiano. Aqui está, pois, o fruto de seu esforço: um livro que deverá ser do agrado de todos os que gostam de uma boa leitura.
O texto d’A Enchente e os Milagres trata-se de uma escrita escorreita e completa. Uma história de amor que, ressalte-se desde logo, aconteceu graças à perseverança e a fé de Rômulo em estado de grande aflição. “Sim, a fé, o otimismo, a religiosidade, os sentimentos mais altos e nobres aqui se impregnam, como marisco ao rochedo”. Pois bem, a visão da “Santa” sobre os supedâneos de pedras e das luzes brilhantes, com as cores da nova expectação fizesse com que o amor florescesse amparado na gratidão e na ternura das almas numa volúpia intensa e apaixonante.
Eis, portanto, o que se lê neste delicioso livro-romance de Alceu Medeiros. O essencial, agora, é prosseguir na leitura, sem afobação, sem pressa, seguindo apenas as diretrizes do acaso onde quer que o autor o conduza a sua história de amor. Agora, nos resta tão somente aplaudir o companheiro das letras pela sua publicação que, afinal de contas, valendo por si só, em todos os aspectos e sentidos, consagra-lhe para a imortalidade.
Sobre esse prisma, reconhecemos que a obra, quando ela é escrita com amor e obstinação, o mundo literário mais do que depressa acredita no sucesso das livrarias.