Há poucas coisas no Brasil em que há unanimidade: a necessidade de uma educação de qualidade é uma delas. Considerada um dos pilares do desenvolvimento socioeconômico de qualquer país, ela tem o poder de promover, enaltecer e ampliar oportunidades em diversos setores da sociedade.
O ensino à distância, também conhecido pela sigla EAD, vem atraindo milhões de adeptos e já é uma tendência mundial, em especial pelos preços atrativos de suas mensalidades. O assunto é tão atual e necessário, que a Câmara dos Deputados, por meio da Comissão de Educação e atendendo demanda popular, se debruça neste momento sobre o tema. Há muitos projetos de lei tramitando, hoje, no Congresso Nacional, que tratam dessa matéria.
Como membro daquela comissão, estamos trabalhamos essa temática muito fortemente, sobretudo no que se refere à qualidade do que é ministrado. A educação à distância traz à tona uma realidade bem contemporânea: grande parte do ensino superior é feito também à distância, o que nos faz refletir ainda mais sobre a questão e cobrar das autoridades que normatizam o ensino no Brasil, o mesmo tratamento e relevância dados ao ensino presencial.
O Brasil forma milhares de profissionais todos os anos e grande parte deles é formada pelo ensino à distância. Não podemos aceitar que preconceitos e discriminações a esse modelo educacional ainda aconteçam na nossa sociedade. Está na hora de o ensino à distância ser desenvolvido dentro dos currículos do ensino presencial misto, mantendo, claro, as exigências adotadas no ensino tradicional.
O ensino à distância já faz parte da vida de muitos discentes. Estamos discutindo com os principais atores do processo educacional, como especialistas, professores, alunos, integrantes do Ministério da Educação, dentre outros, a fim de definir quais as disciplinas podem ser ministradas à distância e as que devem acontecer presencialmente e com aulas práticas nos mesmos locais onde a pessoa irá trabalhar, por exemplo. Seria uma espécie de imersão à realidade, imprescindível à formação dos alunos.
Não obstante eu ter estudado a vida inteira no ensino presencial, ser educadora e trabalhar com ensino superior há mais de vinte anos, não posso deixar de ter um olhar voltado também para o ensino à distância, que, inquestionavelmente, avança não só no País, mas no mundo. Não há dúvida: se o ensino à distância continuar primando pela qualidade que há no ensino presencial, novos profissionais serão colocados no mercado de trabalho sem nenhum obstáculo e com todos os pré-requisitos exigidos pela legislação vigente.
De acordo com o ministro da Educação, Mendonça Filho, as tecnologias estão cada vez mais disponíveis para que sejam utilizadas na educação, inclusive na superior. As estatísticas feitas recentemente pelos órgãos federais mostram que a educação à distância chega a 40%, com 60% de ensino presencial. Essa é uma discussão que estamos deflagrando aqui na Câmara dos Deputados de forma ampla, mas que necessita perpassar pelas salas de aula, pelos professores e tutores do ensino à distância. Não podemos, jamais, prescindir da figura do professor, daquele que orienta e de toda a convivência dentro de uma escola e o inter-relacionamento com os demais educandos.
Queremos que a população participe conosco desse processo. Por isso, escreva para nós: dep.raquelmuniz@camara.leg.br
Educação de qualidade é o nosso foco!