Energia limpa

30/01/2018 às 01:33.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:02

Ter um planeta mais limpo e com menos impactos ao meio ambiente e à vida das pessoas é desejo de todos nós. Mas essa é uma transição que deve ocorrer de maneira planejada e gradativa. É necessário, em primeiro lugar, uma mudança drástica na maneira como utilizamos os recursos naturais. Mas a boa notícia é que o Brasil pode chegar a 2050 com uma matriz energética 100% renovável.

Essa matriz de energia “limpa” vai, certamente, trazer mais qualidade de vida para todos. Por mais que o cidadão tenha consciência de que a utilização do combustível fóssil nos veículos automotores e a consequente liberação de CO² na atmosfera seja prejudicial ao planeta, está refém das políticas públicas em vigor, ainda com ênfase a esse tipo de energia suja.

É mais comum ouvirmos falar nas energias hidroelétrica (gerada pela força hidráulica) e termoelétrica (produzida a partir da queima de combustíveis fósseis) Ambas têm muitos entraves: a hidroelétrica depende da sazonalidade e incerteza das chuvas, principalmente quando enfrentamos grandes períodos de estiagens e, em muitos casos, risca do mapa povoados inteiros com o alagamento de suas áreas. A termoelétrica, por sua vez, é uma energia mais cara e agride muito mais o ecossistema e o ser humano, pois libera metais pesados –monóxido e dióxido de carbono, o óxido de nitrogênio, o dióxido de enxofre, derivados de hidrocarbonetos e chumbo.

Ficar dependentes de uma energia limitada e finita é um problema para futuras gerações. A solução está na produção, a médio e longo prazos, de energias mais limpas e menos nocivas –caso das energias eólica (produzidas pelos ventos), solar, geotérmica (obtida a partir do calor proveniente do interior da Terra) e das marés.

Diversas nações no mundo estão investindo somas de recursos nessas matrizes. Não temos tempo a perder. Está evidente que a qualidade do ar e da água já está comprometida em vários lugares. As mudanças climáticas são perceptíveis em quase toda a terra. Desde o Acordo de Paris, resultado da Conferência do Clima da ONU em 2015, o Brasil tem o compromisso de cortar emissões de gases de efeito estufa até a segunda metade deste século. Não é o que estamos vendo. Na realidade, caminhamos na contramão do que a natureza nos oferece. Somos um país tropical, com forte incidência da luz solar e ventos satisfatórios para a produção de grande quantidade de energia e não usufruímos disso.

Mas não adianta dispor de tanto potencial energético se os equipamentos básicos para sua produção são praticamente inviáveis para a maioria da população, como é o caso das caríssimas placas voltaicas.

A própria Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel publicou em 2012 a Resolução Normativa nº 482/12, que regula o mercado de sistema de energia sustentável conectados na rede elétrica, permitindo trocar créditos de energia com a rede da distribuidora. Em síntese, o excesso de energia elétrica produzido em uma residência ou em um estabelecimento comercial se transforma em crédito para ser utilizado em um dia que o sistema produza pouca energia, como durante a noite ou em um dia que não tenha vento.

Não resta dúvida de que o sistema de compensação de créditos foi o maior e mais importante incentivo ao uso de energias sustentáveis no Brasil. Ele está baseado nos modelos internacionais que deram certo na Europa, EUA, Austrália, Índia e Ásia.

A nossa geração tem um desafio pela frente: fomentar e universalizar o acesso à energia limpa para todos por meio de fontes renováveis, como a solar e a eólica, pois vento e sol é o que temos em abundância. Desta forma, vamos ajudar a garantir vida longa ao nosso planeta e a nós mesmos! 

Energia sustentável é mais que necessário, é uma questão de sobrevivência!

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