Voto útil

19/09/2018 às 07:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:31

Baseado no histórico das eleições, é possível dizer que nesta semana tem início o fenômeno chamado voto útil, em que o eleitor, depois de perceber a difícil situação do seu candidato em vencer o pleito ou passar para o segundo turno, acaba por escolher outro candidato com o perfil semelhante. Tal fenômeno já está presente na disputa majoritária (Presidência, governo e Senado). Pesquisas de intenção de voto, divulgadas nesta semana, mostram esse quadro. Temos como exemplo o crescimento acima da média do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), a queda de candidatos como Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) e ao mesmo tempo o crescimento de Fernando Haddad (PT). Tendência de direita migrando para Bolsonaro, enquanto que tendência de esquerda, migrando para Haddad.
 
Em Minas
O fenômeno voto útil demonstrado nas pesquisas de intenção de voto tem levado a maioria dos analistas políticos a acreditar que as eleições em Minas poderão ser decididas no primeiro turno. Os números mostram o crescimento acima da média do candidato ao governo Antonio Anastasia (PSDB) e o crescimento lento de Fernando Pimentel (PT). Em contrapartida, candidatos como Romeu Zema (Novo) surpreendem ao aparecer à frente de João Batista Mares Guia (Rede) e de Adalclever Lopes (MDB). Como a campanha polarizou, a tendência é a de que eleitores migrem para quem de fato esteja na disputa.
 
Disputa Senado
Na corrida por uma das duas vagas ao Senado em Minas, entre os 15 candidatos, somente quatro estão de fato na disputa. A não ser que surja algo de novo, o nome da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) está consolidado. A disputa acirrada ficou para a outra vaga, em que o jornalista Carlos Viana (PHS) desde o início apareceu em segundo lugar, mas não teve de lá pra cá um crescimento substancial. A surpresa seria o candidato Dinis Pinheiro (SD), que no início aparecia em sexto lugar e na última pesquisa apareceu em terceiro, à frente de Rodrigo Pacheco (DEM). Na corrida ao Senado em Minas, ainda não é possível dizer que o processo está consolidado.
 
Consolidação em Minas
Minas, que é o segundo colégio eleitoral mais importante no país, foi decisivo na eleição de 2014 para que o PT fizesse “cabelo e barba”, com votação folgada de Dilma Rousseff e de Fernando Pimentel. Hoje, pelo visto, o vento passou a soprar em favor de Jair Bolsonaro (PSL), que antes tinha 6% em relação ao segundo colocado e subiu para 10% (Bolsonaro 27,2% e Haddad 17%). O mais interessante é que todos os outros candidatos vêm caindo nas pesquisas. Na disputa pelo governo do Estado, a situação não é diferente. Antonio Anastasia (PSDB) está 10% à frente de Fernando Pimentel e dois pontos acima da soma de todos os concorrentes.
 
Divulgação na proporcional
Coordenadores de campanhas na proporcional devem tomar cuidado com o excesso de postagens nas redes sociais. O eleitor está recebendo vídeos de diversos candidatos, não tendo tempo para visualizá-los. O interessante é que sejam postados apenas vídeos pontuais, que acrescentem algo a mais na campanha.

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