Sem entrar no mérito dos pontos negativos ou positivos da aprovação por parte da Câmara Federal, do texto base do projeto de privatização dos Correios, que segue para o Senado, entendo que parlamentares que fazem parte do grupo político que sucateou a empresa não deveriam se sentir confortáveis para criticar a proposta. Se não tivessem fragmentado os Correios, não teria sentido tal medida. Aliás, ao invés de criticar, fazer a mea-culpa seria um ato de grandeza.
Política na saúde
Seria importante que estivéssemos falando da política para a saúde e não da exploração política da saúde. A todo instante estamos assistindo parlamentares usarem a saúde como discurso político, anunciando providências em favor da estrutura do sistema, principalmente hospitais. Este é o tipo de manifestação que não tem chegado à população, uma vez que, na prática, o que eles chamam de benefícios não estão atendendo aos usuários, que continuam nas filas de cirurgias, do internamento e sendo humilhados nas portas dos hospitais, quando de suas urgências.
Fim das entidades
É preciso que as entidades de classe voltem a ocupar o espaço para o qual foram criadas. Até bem pouco tempo, o processo eletivo passava pela participação e mobilização das entidades, que são as legítimas representantes de setores da sociedade. Hoje é possível dizer que estas não estão tendo influência no processo eleitoral, o que nos leva a entender que suas ações terão que ser revistas de forma a conquistar a confiança dos filiados. É preciso entender que o eleitor mudou a sua forma de pensar o processo político-eleitoral. Desta forma, a sobrevivência das entidades passa pela necessidade de rever seus procedimentos e atuações.
Delegacia da Mulher
Tenho recebido manifestações de carinho e elogio da população de Januária em relação ao trabalho da delegada da Mulher, Bruna Brito, que desde que assumiu a delegacia naquele município conseguiu diminuir os índices de criminalidade e violência contra a mulher. É uma pena que os holofotes da imprensa regional apenas se concentrem no que acontece no em torno de Montes Claros.
Sondagem para presidente
O amigo e leitor Paulo Baleeiro encaminhou o seguinte questionamento à coluna: “O que você acha das atuais sondagens para presidente da República? Realmente estão corretas, ou você tem dúvidas?”. O que posso dizer é que qualquer levantamento de forma séria traduz a realidade. Entretanto, os que estão sendo realizados demonstram estarem carregados de interesses financeiro, ou em atender grupos políticos. Como as pesquisas estão cercadas de dúvidas, o caminho que resta é ouvir o sentimento das ruas e as manifestações das redes sociais. É a forma de aproximar da realidade.