Prefeitura e a Covid

03/03/2021 às 00:23.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:18

Fica fácil para a Prefeitura de Montes Claros aparecer na mídia como salvadora da pátria, publicando decretos, restringindo o ir e vir da população e esquecendo de fazer o dever de casa. Agora mesmo, estamos assistindo os hospitais anunciarem que não têm mais leitos para atender pacientes da Covid-19, quando, na verdade, não existem leitos contratados. De mais a mais, a prefeitura, quando do início da pandemia, desativou o chamado hospital de campanha, que funcionaria na UPA do Chiquinho Guimarães. É preciso explicar para a população que durante a prestação de contas, feita pela prefeitura, na última sexta-feira, a Secretaria de Saúde anunciou que a prefeitura estaria com mais de R$ 130 milhões de recursos em caixa, oriundos do governo federal, para serem aplicados no enfrentamento da Covid.

Dinheiro da Covid
Certamente, se a Secretaria de Saúde de Montes Claros estivesse utilizando os mais de R$ 130 milhões da Covid que estão em caixa no repasse aos hospitais, na compra de vacina – o que hoje é permitido –, na contratação de leitos, contratação de médicos e outras medidas, certamente o quadro não seria tão preocupante como hoje. Transferir responsabilidade sem fazer o dever de casa é fácil. Aliás, qual a justificativa para a não aplicação imediata de todos os recursos da Covid-19 que estão vindo do governo federal?
 
Limite para prisão
A chamada PEC da Blindagem que tramita na Câmara Federal, que regulamenta a liberdade de voz e voto de deputados e senadores, tem sido o principal assunto de exploração política. Até o próximo mês, a matéria já deverá ter sido votada. Mesmo respeitando a posição contrária, entendo que é preciso criar critérios para evitar que um poder invada o outro, ao bel prazer de quem se sentir incomodado.
 
Corda no pescoço
A criação na Assembleia Legislativa, por parte do presidente Agostinho Patrus (PV), do bloco independente, que até o mês passado contava com 39 dos 77 deputados, na prática é uma forma de “colocar a corda no pescoço” do governador Zema, transferindo para Patrus decisões do Executivo. O resultado é que, dependendo da proposta encaminhada ao Legislativo, o chefe do Executivo mineiro terá que negociar e ceder aos encantos do bloco. Aliás, quem conhece de política sabe que não existe bloco ou deputado independente. Antes de ser eleito, ou reeleito, o parlamentar mostra seu posicionamento ideológico ou de interesse no processo. É oposição ou situação ao governo.
 
Futuro do PSL
Não precisa ter bola de cristal para prever que o futuro do PSL nacional dependerá principalmente da movimentação do presidente Bolsonaro, que foi eleito pela agremiação, mas está desligado. O desenho é que parte dos integrantes da agremiação vai acompanhar o chefe da nação, quando da sua opção partidária. Na abertura da janela, que permitirá a troca de agremiação, sem perder o mandato, o PSL corre o risco de voltar à origem.

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por