PDT na eleição

20/01/2022 às 00:50.
Atualizado em 21/01/2022 às 12:16

A decisão do PDT nacional de lançar oficialmente amanhã (21) a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República pode ser entendida como pontapé inicial do processo. A dúvida é como o ex-ministro irá se posicionar, já que é tido como aliado do ex-presidente Lula. Ele terá que montar discurso em que se afaste tanto do petista como do ex-juiz Moro e de Bolsonaro. De qualquer forma, continuo alimentando a ideia de que o presidente do PDT, Carlos Lupi, está apenas ganhando tempo para um acordo futuro. O interessante na história é que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), já não aparece mais no holofote do processo.

Kalil e a oposição
O pré-candidato ao governo de Minas Alexandre Kalil, que esperava contar com a maioria dos partidos de oposição no seu projeto, aos poucos vem se perdendo com as exigências que estão sendo feitas. Agora mesmo o PDT afirma que só apoiará o prefeito de BH se ele apoiar Ciro Gomes. A mesma exigência vem sendo feita pelos petistas que querem apoio a Lula.
 
Carlos Pimenta
Todo o desenho político das eleições deste ano nos leva a prever que o deputado estadual Carlos Pimenta caminha para deixar o PDT na busca de sua reeleição. Ele tem evitado falar sobre o assunto, inclusive de admitir a saída, mas as articulações que vêm acontecendo a nível nacional, principalmente em relação à federalização, permitem afirmar que o parlamentar não terá outra saída.
 
Marina Silva
Nesta semana o nome da líder nacional da Rede, Marina Silva, voltou a fazer parte das discussões do processo sucessório nacional. Pessoalmente, entendo sua participação no processo como uma afronta. Ela só aparece de quatro em quatro anos e sempre evitou participar das discussões dos problemas do país. Age como uma autêntica oportunista. Tenta sobreviver apenas do discurso.
 
Odontologia
Como consequência da fábrica de sonhos, criada pelos governos anteriores, que vendia facilidade para vencer eleições, abriu centenas de faculdades e facilitou o acesso ao curso superior, sem preocupação com o mercado e com conteúdos. Isto sem falar no Fies, que foi a maneira de endividar os país e enriquecer empresários do setor de educação. No Norte de Minas, além do curso de Direito, que despeja no mercado anualmente mais de mil formados, o curso de Odontologia caminha na mesma toada. Também milhares de jovens estão sendo colocados no mercado anualmente. O mais grave é a exploração de recém-formados por parte de clínicas da cidade. Recebi a informação que clínicas estão contratando odontólogos, recém-formados, pagando R$ 60 por dia, inclusive para fazer implante. O valor é menos do que ganha um servente de pedreiro, que não precisa de qualificação para executar o serviço.

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