Palavras ao vento

10/10/2018 às 06:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:53

Apostando no fato de que a maioria da população não conhece a estrutura de governo, o que permite vender com facilidade o discurso da austeridade, o candidato ao governo de Minas pelo Novo, Romeu Zema, tem conquistado o eleitor com a informação de que pretende reduzir pela metade o número de secretarias do Estado e, consequentemente, o número de cargos em comissão. Limita-se a afirmar que, se eleito, enxugará a máquina diminuindo o número de secretarias e cargos de indicação ampla; seria fácil de digerir e não pareceria apenas um discurso político. É preciso entender que não tem como cortar cargos pela metade, já que emperraria a máquina pública, prejudicando ainda mais o atendimento a população.
 
Fim da Sedinor
Informação que circula no meio político da capital mineira dá conta de que Romeu Zema, dentro do anúncio de que pretende cortar pela metade o número de secretarias do Estado, a primeira da lista deverá ser a Secretaria de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais –Sedinor. Como se trata de uma pasta específica para atender uma região do Estado, estão entendendo que poderá ser absorvida, sem prejuízo para o governo, mas com prejuízo para a região mais pobre.
 
Sedinor preocupa
Quem conhece de perto a realidade do Norte de Minas sabe que a Sedinor não foi criada por acaso e nem por um simples ato político-eleitoral. Trata-se de uma secretaria especial para uma região que necessita de um atendimento especial que é o Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha, do Mucuri e outras do Semiárido mineiro. Numa rede de lojas, o proprietário toma a decisão que lhe convier, já no serviço público é preciso ouvir primeiro os verdadeiros donos: a população.
 
Cruzando os braços
A exemplo do que ocorreu no primeiro turno, prefeitos em todo Estado, e os do Norte de Minas não fogem à regra, praticamente cruzaram os braços e não estão dispostos a participar diretamente do pleito deste segundo turno. A maioria está afirmando apoiar a candidatura do senador Antonio Anastasia, mas só no discurso. Até agora não se manifestaram nas ruas, não foram pedir voto seja para o candidato do Novo, ou do PSDB.
 
Cláusula de Barreira
Em vigência desde outubro do ano passado, a cláusula de barreira pode levar 14 dos 35 partidos políticos à extinção em 2019. A Lei prevê que, para que um partido tenha acesso ao fundo partidário, principal fonte de recursos das legendas no país, ele precisa ter um mínimo de 1,5% de votos válidos ou eleger nove deputados federais em nove estados da União, pelo menos. Entre os partidos que correm risco de extinção estão o PCdoB, Rede, PHS, PRP, PMN, PTC, PPL, DC, PMB, PCB, PCO, PSTU, Novo.
 
Levantamento final
Ainda nesta semana o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar deverá divulgar os partidos que oficialmente não passaram nas regras impostas pela cláusula de barreira. A expectativa é de que a relação saia nesta quinta. Vale lembrar que o Rede está na véspera de se fundir com o PV.

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