Novela do MDB

18/07/2018 às 06:37.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:28

Ontem encaminhei a coluna para o jornal pela manhã, quando ainda não havia sido divulgado documento da direção nacional do MDB nomeando o deputado Saraiva Felipe como presidente da Comissão Provisória. De qualquer forma, a análise que mais interessa é a que se descortinam os caminhos que a agremiação tomará de agora em diante. O ponto positivo na nomeação de Saraiva está justamente na sua capacidade de articulação. É dentro do quadro da agremiação, talvez o único capaz de formalizar coligação na proporcional que venha atender os parlamentares. Aliás, já comentamos que o grupo que assumiu deixa claro que o desejo é de reeditar o casamento com o PT.
 
A coroa e o rei
Se tomarmos como base a história do MDB, tanto de Minas como nacional, é possível prevê que dificilmente a agremiação no nosso Estado fará opção pelo lançamento de candidatura próprio ao Governo. Além do projeto para este ano ser o de salvar os mandatos dos deputados, ao longo da sua história os emedebistas sempre preferiram ser “amigo da coroa” a ser a própria coroa. É como se o papel de coadjuvante fosse mais interessante. A preocupação, na verdade, deve ser a de evitar que venham a ser responsáveis pela crise que tomou conta do Estado.
 
Pesquisa
Quem entende de metodologia científica é capaz de elaborar uma pesquisa, seja quantitativa ou qualitativa. Entretanto, isso não garante uma análise concreta do que ocorrerá nas urnas. Primeiro, análise política só serve para o momento e não para o futuro. Como se não bastasse, não tem como dimensionar o futuro de um pleito antes das convenções, uma vez que não estão definidos os nomes na disputa. Se nas pesquisas para o Governo de Minas estão aparecendo na dianteira os nomes do senador Antonio Anastásia (PSDB) e do governador Fernando Pimentel (PT), é simplesmente porque, neste período de pré-convenção, um representa a oposição e o outro a situação.
 
Nulos e brancos
O número de votos em branco e nulos que está aparecendo nas pesquisas de intenção de voto em Minas Gerais – hoje em torno de 42% – é na verdade o retrato da crise ética e moral que tomou conta de todo o país, resultando no desencanto da população com a classe política. Entretanto, parte do alto índice pode ser creditado ao fato de o processo ainda não ter sido deflagrado.
 
Candidato ao Senado
Desde que tiveram início as pesquisas de intenção de voto para o Senado em Minas, os nomes da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB) têm aparecido na dianteira. A possibilidade de que isso possa se confirmar nas urnas é real. Entretanto, é preciso esperar as convenções para saber quem serão os candidatos. Não tenha dúvidas de que, durante a campanha, o candidato ao Governo que estiver na dianteira automaticamente puxará o candidato ao Senado para cima. Um exemplo claro foi a eleição de 2014, em que o empresário Josué Alencar quase venceu a eleição pelo fato de fazer parte da chapa de Fernando Pimentel. Na época, a única referência política de Josué era a de ser filho do então ex-vice-presidente José Alencar.

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