Se a incerteza do resultado do julgamento do ex-presidente Lula pelo TRF-4 já vinha emperrando as articulações políticas, tanto na disputa presidencial, como em vários estados, a exemplo de Minas Gerais, a condenação dele por três votos a zero, em princípio, em nada muda o quadro sucessório. Somente a prisão do ex-presidente provocaria mudanças profundas. A pretensão é usar todas as brechas jurídicas possíveis para permitir que Lula registre candidatura o que, na prática, no mínimo, beneficiaria candidatos do PT nos estados. Aliás, a decisão da direção da agremiação em lançar Lula à presidência e pregar a desobediência a decisão judicial poderá complicar ainda mais a situação.
Lula candidato
É fato que do ponto de vista jurídico, a princípio, o ex-presidente Lula não será candidato. Entretanto, do ponto de vista de estratégia política, a ideia do PT é sustentar até quando puder a candidatura, para no final sair de vítima. Se conseguir no dia 15 de agosto registrar a chapa, o Partido dos Trabalhadores já terá cumprido parte do objetivo. A tática é a de lançar um vice que na prática será o substituto no processo. Com isso, ficaria mais fácil convencer os eleitores de Lula a permanecerem fiéis à chapa.
Minas Gerais
Não é nenhum segredo afirmar que o projeto político de reeleição do governador Fernando Pimentel seria alinhado com a candidatura de Lula à Presidência da República. Como dificilmente o ex-presidente conseguirá juridicamente sustentar a candidatura, é fato que Pimentel terá que rever as estratégias e a forma de executar o projeto.
Bombeiros
Setores da sociedade de Montes Claros já se movimentam para evitar que, a partir do próximo mês, o Corpo de Bombeiros Militar no Norte de Minas seja comandado por Governador Valadares, conforme decisão anunciada pela comando-geral da instituição. Com a aposentadoria do coronel Primo Lara e a não promoção de tenentes-coronéis, a solução foi deixar o 4º COB sem comando. Aliás, em abril, o comandante do 7º Batalhão de Bombeiros, tenente-coronel Gouveia, também se aposentará, assumindo o cargo o major Doriedson Souza Silva.
No escuro
Em pronunciamento feito da Tribuna da Câmara de Montes Claros, o vereador José Marcos Martins de Freitas, Marcos Nem, denunciou que moradores da zona rural estão sendo obrigados a ficar sem energia elétrica, até por mais de uma semana. Segundo ele, este é o tempo que a empresa responsável pela manutenção do serviço tem levado para atender as solicitações. Ele citou que os problemas são mais frequentes no caso dos poços tubulares. A denúncia será oficializada a direção da Cemig.
Prefeitos
É grande a expectativa de que ainda este ano a Câmara Federal vote projeto de autoria do deputado Eduardo Cury (PSDB-SP) que obriga os prefeitos a apresentar à Justiça Eleitoral relatório sobre a situação econômico-financeiro do município seis meses antes das eleições municipais.