Fusão de partidos

18/10/2018 às 07:00.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:18

Antes mesmo do fim do segundo turno das eleições, as articulações para a fusão de partidos estão correndo soltas. A principal novidade é que, diante do desgaste junto ao eleitorado, o PSDB já admite fazer parte destes entendimentos. Nos bastidores, a conversa é que os tucanos poderão se unir ao DEM e ao PPS criando uma nova sigla. Pelo andar da carruagem, a diminuição do número de agremiações será bem maior do que o provocado pela cláusula de barreira.
 
E o PT?
Como o PT conseguiu eleger a maior bancada na Câmara Federal, não existe expectativa ou conversa sobre a fusão com outro partido de esquerda. Pode acontecer que agremiações ligadas à esquerda venham receber parlamentares de partidos que não conseguiram passar pela cláusula de barreira. O certo é que a esquerda terá que fazer profunda discussão e buscar solução em relação ao encolhimento.
 
Sudene
Durante visita a Montes Claros, na terça-feira (17), o senador Magno Malta (PR), que faz parte da coordenação da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), comentou que, se eleito, o presidenciável garantiu que promoverá mudanças na Sudene. Segundo ele, nos últimos anos o órgão serviu apenas para abrigar indicados do MDB e PT, com os recursos e benefícios sendo condicionados às pessoas ligadas às duas agremiações. Disse ainda que os beneficiados ficavam na obrigação de dar a contrapartida. Afirmou que Bolsonaro garantiu que todas as indicações obedecerão a critérios técnicos. A decisão vale para o BNB.
 
PT neutro
O prefeito de São João do Pacuí, Arismar Araújo Barbosa (PT), permanecerá neutro neste segundo turno. Mesmo o seu partido tendo Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial, ele decidiu cruzar os braços. O posicionamento foi feito durante reunião com outros prefeitos da região na sede da Amams.
 
‘Negociata e conchavos’
Num discurso extremamente endereçado aos leigos em política, durante todo este período de eleição, inclusive agora no segundo turno, estamos assistindo candidatos, que, para pousar como salvadores da pátria, estão dizendo que não aceitam “negociatas nem conchavos”. São apenas palavras soltas ao vento. O termo utilizado é apenas para sensibilizar o eleitor, pois na prática tais procedimentos, conhecidos como negociação, existiram e sempre existirão na convivência entre executivo e legislativo. Achar que deputados votaram nas propostas de governadores e presidente da República sem buscar vantagem é o mesmo que acreditar em Papai Noel. Na política, sempre continuará na moda a frase: “é dando que se recebe”.

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