O secretário de Saúde de Minas, que tem prestado bom serviço, principalmente em ações adotadas no enfrentamento à Covid-19, acabou jogando uma “batata quente” no colo do governador Romeu Zema com a notícia de que teria furado fila na vacinação contra o novo coronavírus. O fato complicou depois que a Assembleia Legislativa instalou CPI para apurar o acontecimento. O que mais complicou foi a justificativa de que seria uma forma de dar exemplo. Se tivesse informado antes o desejo de se vacinar, seria compreensivo já que, como secretário de Saúde, na prática é linha de frente no enfrentamento à pandemia.
Justiça sem justiça
Manifestação do STF em processos importantes, a exemplo da anulação da condenação do ex-presidente Lula, na prática acaba interferindo diretamente no conceito e na confiança da população em relação aos juízes de primeira e segunda instâncias. As decisões políticas interrompem a simetria, determinada pela própria Constituição Federal. Sou de opinião que infelizmente a corte maior do nosso país coloca dúvida do que é verdade em nossa carta magna. A lei não foi feita para atender esquerda ou direita, foi feita para atender a verdade dos justos.
Quem paga a conta
Sem querer fazer qualquer tipo de acusação, ou crítica leviana, tem chamado a atenção deste jornalista o fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter assistido e manifestado sobre diversas fases da Operação Lava Jato, inclusive processo envolvendo o ex-presidente Lula, e somente agora chegou à conclusão de que foi feito de forma ilegal, irregular. Em cima dos acontecimentos, a população quer saber quem irá pagar os gastos com todo o aparato colocado à disposição das várias etapas, das operações e julgamentos? O pior de tudo é que o precedente aberto resultará na anulação de quase totalidade dos processos e, consequentemente, no desestímulo a policiais juristas e integrantes do Ministério Público.
Direita e esquerda
Ainda é muito cedo para analisar o efeito da decisão do ministro Fachin, que anulou a condenação do ex-presidente Lula (PT), o colocando na cena da disputa eleitoral de 2022. Tem muita gente entendendo que a possibilidade do petista concorrer à Presidência da República é um complicador para a reeleição do presidente Bolsonaro. Essa resposta, só o tempo dirá, mas num primeiro momento pode favorecer o candidato da direita, já que, com isso, o Centrão perde força e seus integrantes terão que se posicionar. Até o mês passado, a intenção do bloco era de apresentar nome próprio para a disputa.
Votação
A Câmara de Montes Claros vota hoje, de forma extraordinária, projeto que autoriza o Executivo a firmar protocolo de intenção entre municípios para compra de vacinas contra a Covid-19, além de equipamentos e insumos.