Eleição sem fenômeno

07/08/2021 às 00:16.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:37

Tenho recebido informações e opiniões de vários leitores sobre as eleições do próximo ano. A este respeito, em relação à sucessão estadual, considero correta a análise do professor Hamilton Trindade que, também nas eleições de 2022, a figura do fenômeno eleitoral, a exemplo do que ocorreu com a eleição do governador Zema e do presidente Bolsonaro, ficou no passado. O desenho atual mostra a tendência de polarização e dificuldade de surgir uma terceira via. Em nível nacional, o processo caminha para a polarização entre o presidente Bolsonaro e o grupo liderado pelo ex-presidente Lula. Em Minas, apenas o nome do atual governador e do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, estão vivos no processo.

Três Chapas
Fizemos o compromisso de comentar sobre o surgimento de uma terceira via na disputa pela presidência da OAB em Minas e em Montes Claros. Este ponto parece estar sacramentado no Estado, onde já apresentaram para a disputa o ex-presidente Luís Cláudio Chaves e os advogados Sérgio Leonardo e Lucas Bessoni. Como o fortalecimento destas chapas passa pelas principais cidades do Estado, os três candidatos estão articulando a formação de chapa em Montes Claros. Já citamos a candidatura de Herbert Alcântara e Gisele Albuquerque, faltando definir a terceira via. Entendo que o lançamento de três chapas favorece os candidatos Luis Cláudio e Herbert Alcântara.
 
Ausência do Judiciário
O que resultou no estremecimento de relacionamento entre o procurador-geral de Justiça de Minas, Jarbas Soares Júnior, e o Judiciário? Conversei com vários juízes sobre o assunto, mas recebi o silêncio como resposta. Chamou a atenção o fato de nenhum representante do judiciário ter comparecido à homenagem do procurador na Amams, com a presença do governador Zema, e nem na homenagem que ele recebeu no mesmo dia na Câmara de vereadores.
 
Voto impresso
Alheio à importância ou não da PEC que pretende adotar o voto impresso a partir de 2022 e que foi rejeitada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados na quinta-feira, sou de opinião que o assunto tem sido discutido dentro do viés do interesse pessoal que agrega vários motivos. A comissão não tem autonomia para engavetar a proposta e a mesma pode ainda ser levada diretamente ao plenário. Aliás, a dúvida fica por conta dos interesses que cercam a vontade do TSE de trabalhar para derrotar a proposta. No meu entender, o papel daquela Corte é o de apenas aguardar a decisão dos parlamentares e colocar em prática.
 
Novos deputados
Nas próximas colunas, comentaremos a situação dos pretensos candidatos a deputado do Norte de Minas, que até agora não estão sabendo como se movimentar no processo, o que pode levar à desistência.

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