Eleição na Unimontes

23/10/2018 às 07:00.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:22

Antes mesmo da deflagração do processo eleitoral na Unimontes, a coluna já havia comentado que a eleição não passava de um faz de conta, já que ao mais votado não está garantida a indicação para a função de reitor ou vice-reitor. É que a escolha é feita pelo governo do Estado em uma lista tríplice. Na eleição de 2016, o atual reitor, João dos Reis Canela, foi reconduzido ao cargo pelo então governador Alberto Pinto Coelho, mesmo tendo sido o segundo colocado. Este ano, pelo que tudo indica, a pressão da ala petista da região é para que a novela seja reeditada pelo atual governador, Fernando Pimentel, com indicação do professor Rômulo Soares Barbosa.
 
Preferência do PT
É possível dizer que na escolha para o novo reitor da Unimontes, tanto o candidato mais votado, professor Antônio Avilmar, como o segundo colocado, professor Rômulo Soares, tem ligação direta com o ninho petista. Entretanto, hoje as evidências são de que quem participa da “cozinha” do PT do Norte de Minas é o professor Rômulo. Indagado sobre o processo, o deputado estadual, eleito federal, Paulo Guedes (PT) esquivou de falar sobre o assunto, afirmando que ainda iria conversar com o governador Fernando Pimentel (PT). Por sua vez, o presidente do diretório petista em Montes Claros, Paulo Rogério, divulgou vídeo nas redes sociais falando que o professor Rômulo era o candidato do grupo e que tinha o apoio tanto do deputado Paulo Guedes como da deputada eleita, professora Leninha (PT). O mais triste é que antes das eleições todos prometem respeitar a vontade do corpo docente e discente da universidade.
 
O PT e a soberba
Temos assistido pessoas que gravitam em torno da política afirmarem que nas eleições deste ano o eleitor decidiu derrotar a esquerda e, em especial, o PT. Entendo que a análise pode ser considerada “meia verdade”. Se confirmado o resultado que está sendo desenhado, grande parte da derrota deve ser creditada ao presidente Lula, que “enfiou a candidatura de Haddad goela abaixo”. Os petistas entendiam que qualquer nome ungido por Lula venceria o pleito. O resultado é que se equivocaram na condução das candidaturas. Se o candidato do grupo fosse Ciro Gomes (PDT), como era previsto, o resultado poderia ser outro. Em Minas, se o partido tivesse apoiado o candidato Marcio Lacerda (PSB) e não negociasse a sua saída, o resultado também poderia ser outro.
 
Candidato e o violino
Aproveitando a onda que tomou conta do processo eleitoral no país, o candidato Romeu Zema (Novo) tem se preocupado apenas em conduzir a campanha de forma a alimentar o eleitor com aquilo que este quer ouvir. A ordem é utilizar a estratégia do violino: “pega com a esquerda, mas toca com a direita” para chegar ao eleitor apenas aquilo que querem ouvir.
 
Eleição na Assembleia
Ontem, 40 deputados eleitos e reeleitos para a Assembleia de Minas estiveram reunidos na capital para o pontapé que resultará na escolha do novo presidente daquela casa. Na próxima coluna divulgaremos o resultado e quem tem chance de ser o escolhido.

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