Ditadura institucionalizada

10/03/2021 às 00:59.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:22

Independentemente da garantia da Constituição Federal da liberdade de ir e vir do cidadão, até agora não entendi o decreto do governo do Estado e do município que, entre outras medidas, proíbe que o cidadão faça caminhadas. A decisão traz a ideia de que as caminhadas causam mais tumulto do que os lotações, as filas dos bancos, casas lotéricas e caixas de supermercado. O mais interessante é o fato de que as pessoas que determinam as medidas têm em suas residências aparelhos para a prática de atividade física, como é do nosso conhecimento.

Atividades físicas
Será que os profissionais da área de saúde, incluindo os infectologistas, assinam embaixo da decisão dos nossos governantes de proibir o cidadão de sair de casa para fazer uma caminhada, seja pela manhã ou no final da tarde? Aliás, não precisa ser profissional do setor para afirmar que atividade física ajuda no controle de doenças crônicas como câncer, doenças do coração, diabetes e obesidade. De mais a mais, fortalece o sistema imunológico, o que contribui para o enfrentamento à Covid-19. Na mesma linha, contribui para manter a saúde mental, por proporcionar prazer e relaxamento.
 
Vacina sem controle
É preciso que a Superintendência Regional de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde em Montes Claros, e outras cidades, discutam a implantação de um canal único de informação sobre questões relevantes de enfrentamento à Covid-19, a exemplo dos canais de atendimento regular, orientação sobre a vacinação, dentre outros assuntos. Hoje, simplesmente transformaram os órgãos de comunicação em “imprensa de necrotério”, onde a única notícia que interessa é o número de infectados, internados e mortos.
 
Onda Roxa
Que é necessário algumas medidas restritivas para conter o avanço da pandemia da Covid-19, todos nós concordamos. O que não podemos admitir é que seja estabelecido pelo governo do Estado, através de decreto, medidas iguais para todas as regiões e municípios do Estado, cujas realidades não se adaptam a algumas exigências. No Norte de Minas, por exemplo, temos municípios com menos de 5 mil habitantes que terão que cumprir regras elaboradas para cidades de porte médio e grande.
 
Jaíba
Produtores da região de Jaíba questionaram o fato de deputados estarem elogiando ações de tapa-buraco realizadas pelo governo na rodovia que liga a sede do município ao Projeto Jaíba. Mas esqueceram de cobrar do governador Zema a promessa, feita no início do mandato, de regularização fundiária do projeto. Queixam-se que a solução do problema foi entregue à burocracia de órgãos do Estado. Pelo visto, mesmo não tendo custo para o Estado, a proposta feita pelo governador Romeu Zema será mais uma promessa a cair no esquecimento.

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