Dinheiro da Covid

13/03/2021 às 00:25.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:24

Informação recente atribuída ao Banco Central dá conta de que dos recursos liberados em 2020 para o enfrentamento à Covid-19, até agora R$ 38 bilhões não foram gastos. Mesmo diante da gravidade do problema, vários governadores e prefeitos utilizaram o recurso no regime de contratação, sem o processo licitatório regular, ao mesmo tempo que usaram o dinheiro do contribuinte federal para inundar os caixas sem precisar cortar gastos. Também há denúncia de que parte dos recursos foram utilizados no pagamento de despesas correntes, folha de pagamento e zerar débito de aposentadorias e pensões sem precisar reformar o sistema previdenciário.

A barraca e a chuva
O que mais chama a atenção nas discussões em torno do agravamento da Covid-19 é que prefeitos e governadores comemoraram decisão, questionável, do STF que transferiu a eles o poder de decisão do enfrentamento à pandemia. Não fizeram o dever de casa e agora buscam culpados. Na prática, “desarmaram as barracas antes de passar a chuva”. O sistema não se preparou para atender com dignidade a população. Depois que instalou o colapso, o STF, que continua usando politicamente o problema, escondeu para não aparecer de frente dos holofotes.
 
Área Azul
Pelo andar da carruagem, neste período em que a prefeitura estabeleceu a Onda Roxa no município, fica claro que setores da municipalidade não estão conseguindo falar o mesmo discurso. Várias das ações estão fora de sintonia com as próprias ações do Executivo. É o caso da MCTrans, que mesmo sabendo que os pontos de comércio que disponibilizam o bilhete do Área Azul estão fechados, continua multando veículos estacionados nestas áreas. A este respeito, o vereador Stalin Cordeiro encaminhou ofício ao prefeito Humberto Souto pedindo a suspensão da exigência do ticket no período em que durar a Onda Roxa.
 
Compra de vacina
Considero positiva a movimentação de governadores e de prefeitos no sentido de se unir em torno de um consórcio para aquisição de vacina contra a Covid-19. Da mesma forma, entendo que não deveria haver exigências para as empresas que queiram adquirir as vacinas para seus funcionários. O problema em toda essa história é que até provar ao contrário, não existe vacina no mercado internacional disponível. O próprio governo federal tem encontrado dificuldade na aquisição do produto. Espero que não seja apenas um gesto com o objetivo de mexer com o tabuleiro do processo político.
 
Novo secretário
Ainda é cedo para antecipar qualquer prognóstico com relação ao resultado do trabalho a ser apresentado pelo novo secretário de Saúde de Minas Gerais, ex-presidente da Fhemig, Fábio Baccheretti, que substituiu Carlos Eduardo Amaral. O fato de a secretaria já estar organizada traz boas expectativas.

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