Com ou sem corona

19/03/2021 às 00:49.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:27

É triste perceber que a Covid-19 deixou de ser um problema de saúde pública para virar objeto de disputa política. Enquanto aliados do governo torcem para que a pandemia seja controlada antes do início do processo eleitoral de 2022, setores da oposição e parte da imprensa torcem para que o quadro esteja de mal a pior, o que acreditam representar a derrota do grupo que está no poder. Em meio aos interesses covardes que cercam o assunto, a população vive momentos de desespero, seja pelo avanço da pandemia, seja pelo aumento do desemprego e da fome.

Desculpa, Igreja!
O ruído provocado nos quatro cantos de Montes Claros depois da decisão do prefeito Humberto Souto em antecipar feriados religiosos, sem ter tido o cuidado de ouvir a comunidade católica, levou o arcebispo metropolitano, Dom Justino, a se manifestar nas redes sociais. Ele lamentou a decisão, afirmando que fere a sensibilidade religiosa. Um gesto de humildade por parte da prefeitura seria um pedido público de desculpas.
 
Projeto Bloco 8
Em encontro virtual realizado nesta semana, a diretoria da Sul América de Metais (SAM) discutiu com o presidente da Amams, Nilsinho, prefeito de Padre Carvalho, e autoridades de Grão Mogol, Fruta de Leite e Josenópolis, a elaboração de plano para planejar o ordenamento dos municípios que receberão as atividades da futura mineração. Nilsinho propôs a criação de uma força-tarefa composta pelos prefeitos, deputados e governo do Estado para acelerar a liberação das licenças ambientais.
 
A força do medo
Até pelo fato de ter sido uma das vítimas da Covid-19, sempre faço questão de lembrar que sou favorável às medidas sanitárias, distanciamento e outras medidas importantes apresentadas pelas autoridades. Entretanto, também sou de opinião que não podemos, por medo, continuar aceitando que políticos decidam o que é essencial, sem pelo menos ouvir a população e apresentar comprovação técnica e científica.
 
Saúde mental
Na discussão das medidas a serem adotadas no enfrentamento à Covid-19, entendo que a discussão da preservação da saúde psicológica, saúde mental, tem que ser colocada na mesa. Não é justo entender que esta não seja essencial.
 
Cestas básicas
Enquanto estamos com os holofotes virados para o rastro de destruição que vem sendo provocado pela Covid-19, principalmente pela falta de estrutura para o enfrentamento da pandemia, centenas de pessoas, principalmente na periferia da cidade, agonizam, não pelo acometimento da doença, mas pela falta de alimento. Estamos assistindo centenas de pessoas literalmente passando fome, sem conseguir serem enxergadas pelo poder público. Há de se imaginar que, dentre as medidas de enfrentamento à Covid, esteja prevista a distribuição de cestas básicas aos necessitados.

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