Já há algum tempo temos alertado sobre a necessidade de o PT em Minas, especialmente no Norte do Estado, encarar a realidade e mudar o discurso. Agora mesmo, estamos assistindo a uma debandada de petistas que estão buscando abrigo, principalmente, no Avante. Até o final deste primeiro semestre, dois prefeitos estão prometendo abandonar o barco. Vale lembrar que não sou defensor do quanto pior, melhor. Entendo que a consolidação da democracia depende do contraditório, que é o resultado dos embates entre oposição e situação.
Culpa é da pandemia
Infelizmente, funcionários de órgãos do governo federal e principalmente estadual estão aproveitando a onda da Covid-19 para cruzar os braços, deixando de atender a população e culpando a pandemia. Quem está dependendo, por exemplo, da Previdência Social, tem sido obrigado a se submeter a verdadeira humilhação. Em Minas, por exemplo, funcionando mesmo, na prática, só os setores de saúde e segurança. O restante está aproveitando a onda do home office. Aliás, em Minas também tem liderado as reclamações as estatais. Ninguém consegue um atendimento digno por parte da Cemig e da Copasa. O pior é que até mesmo nossos representantes políticos fazem ouvidos de mercador diante da situação.
Senado e Câmara
Nenhuma discussão política se sustenta se não levarmos em consideração o que acontece no Congresso Nacional. Daí a importância da população acompanhar e se manifestar com relação à eleição da presidência da Câmara Federal e do Senado, cuja eleição do mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) vem se consolidando. Na Câmara Federal, tudo caminha para eleição de Arthur Lira (PP), aliado do Palácio do Planalto, a exemplo de Pacheco. A novidade é que o resultado da eleição, nas duas casas, poderá antecipar o que acontecerá com o PSL em 2023, cujo desenho é o encolhimento. Agora mesmo, a maioria dos integrantes do partido não aceitam votar no candidato Baleia Rossi (MDB), que é sustentado pela esquerda.
Entenda a disputa
É importante orientar o eleitor com relação ao processo político do país e o que poderá acontecer daqui até a próxima eleição, em 2022. No caso específico do PSL, fica claro que a agremiação voltará às suas origens. Quando da abertura da janela, a fuga será um processo natural. Agora mesmo, na eleição da presidência da Câmara Federal, a maioria dos deputados federais já declarou que não acompanha a decisão do presidente do partido, Luciano Bivar, que atendendo a interesses pessoais, se aliou à esquerda na tentativa de eleger Baleia Rossi (MDB), candidato de Rodrigo Maia (DEM) e dos partidos de esquerda.
Imprensa
A briga cega envolvendo setores da imprensa e o governo federal tem colocado todos os profissionais da comunicação no mesmo balaio. Triste!