A vereadora Maria Helena Lopes (MDB) informou que, através da Comissão de Saúde da Câmara de Montes Claros, pretende, já na terça-feira (25), apresentar solicitação de audiência pública para ouvir a população sobre o passaporte sanitário. A vereadora explicou que pessoalmente é a favor da vacina de enfrentamento à Covid-19, mas entende que a forma com que vem sendo colocada a exigência do passaporte apresenta pontos desnecessários e que deve ser discutido com a sociedade.
Termo de responsabilidade
A Câmara de Sorocaba (SP), através do vereador Dylan Dantas (PSC), foi uma das que realizou audiência pública. Como resultado foi criado um modelo de termo de responsabilidade para as pessoas levarem aos seus empregadores que estejam exigindo o passaporte, onde responsabilizam civil e criminalmente por todos efeitos colaterais da vacina incluindo casos fatais e indenizações. Documento semelhante também foi elaborado para os comerciantes que fizerem a exigência. De acordo com a proposta aprovada, o documento deve ser assinado tanto pelo empregador como pelo comerciante que fizer tal exigência.
Impeachment do prefeito
Ao garantir que na próxima terça-feira (25) colocará para apreciação dos vereadores o pedido de impeachment do prefeito Humberto Souto (Cidadania), apresentado pelo deputado Bruno Engler, do PRTB, por exigir o passaporte da vacina, o presidente da Câmara de Montes Claros, Cláudio Rodrigues (Cidadania), mostra isenção na condução do assunto. A este respeito, duas questões devem ser consideradas: primeiro que o pedido não tem nenhuma chance de sobreviver. O outro ponto é que o parlamentar objetivou apenas criar fato para gerar holofotes.
Excesso de holofotes
Tenho alertado ocupantes de cargo político, de forma especial vereadores e deputados, dos prejuízos no exagero das postagens, nas redes sociais e em determinados órgãos de imprensa, da atividade parlamentar. É que o leitor acaba se acostumando com o excesso e passa a não acompanhar o conteúdo. Não é novidade que a maioria das publicações está totalmente fora do contexto e não acrescenta nada na vida do cidadão. A maioria é palpite, ou promessa. Aliás, uma simples visita a uma autoridade é motivo de divulgação como resultado de benefício.
Eleição americanizada
Sem que o eleitor perceba, estamos assistindo os rumos da eleição de outubro caminhando para “americanização”. É que naquele país houve a manipulação do processo por parte da mídia, que também abandonou as questões mais importantes do país para desviar as atenções para a pandemia e a posição do então presidente Donald Trump. O resultado todos já conhecem, e hoje o país paga um preço alto pela decisão.