O grito da Amams

Artur Leite
09/06/2017 às 08:56.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:00

Sobrou para os deputados federais que são votados aqui em Minas Gerais.

Mais especificamente no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha.

Acostumada ao longo dos anos como uma instituição apenas política, a Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene, através de seu novo presidente tem demonstrado nos primeiros passos que tem nova visão da política regional.

Agora mesmo o seu presidente, prefeito de Bonito de Minas, Zé Reis, em um Workshop para municípios afetados pela seca perdeu a paciência.

Fez severas críticas à bancada mineira no Congresso Nacional, com raras exceções é claro, (leia-se a deputada Raquel Muniz e Zé Silva).

Primeiramente ele mostrou um quadro preocupante, pois no relatório agroclimatológico divulgado pela Emater comprova-se que o Norte de Minas perdeu 85,4% da produção agrícola e sem nenhuma perspectivas de chuvas para os próximos meses.

Com isto, vai aumentar o êxodo rural, ressurgimento das viúvas da seca dentre outro reflexos negativos.

Deve-se lembrar que com a participação da deputada Raquel Muniz, a Amams, Sociedade e Sindicato Rural negociaram a recuperação das dívidas rurais e aguardam somente que a Medida Provisória do governo federal entre em vigor.

Reis citou como altamente positiva a criação da Comissão Externa da Seca, mecanismo de soluções, proposta da deputada Raquel, e que em muito vai ajudar, mas não poupou a bancada mineira que permanece em silêncio e praticamente nada faz em função do grave problema.

Acertadamente Reis vai mais além.

É preciso, segundo ele, que Minas Gerais apresente projeto político diferenciado para atender atingidos pela seca, realizando um mutirão para tomar medidas urgentes.

“Existem 750 poços que receberão energia elétrica, com 4 mil famílias sendo beneficiadas, mas o principal seria a retomada das obras das barragens Berizal e Jequitai, isto sem contar Congonhas”, argumenta.

O que percebe-se é que agora a Amams acordou para a demora no atendimento às demandas da região.

As propostas ficam em sua maioria nas mesas e cadeiras de infindáveis reuniões, sendo que no sentido prático nada ocorre.

Agora mesmo fala-se na realização de reunião com a Secretaria Nacional de Defesa Civil na busca de soluções.

Afinal de contas, por onde andam os parlamentares que se sustentam no Poder através dos votos de nossa gente?

Percebe-se também que nos últimos eventos “velhas caras” conhecidas já começaram a aparecer.

Afinal as eleições estão “batendo na porta das urnas” e o voto neste momento é muito importante.

A desfeita é tão grande que o governador Pimentel esteve em Montes claros na semana que passou quando anunciou alguns investimentos.

Poucos, na verdade.

Somente a deputada Raquel Muniz, da esfera federal, esteve presente, e Tadeuzinho Leite e Carlos Pimenta que se fizeram representar, sendo que os outros estaduais “cumpriam compromissos pelo estado”.

O que queremos aqui é convocar os parlamentares para que “apareçam”, cobrem do governo federal ajuda para a nossa gente, e não deixem para a última hora, para soltar informes, panfletos tentando afirmar que foram os grande benfeitores de algo que não ocorreu.

UMA COISA.

*Professor

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