Vamos colorir o Brasil e o mundo?

02/03/2021 às 00:32.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:18

Tem chovido o suficiente no Norte de Minas e, ainda que estejamos felizes, a chuva pode ser vista como um choro da natureza, e os dias cinzentos, metaforicamente, são considerados melancólicos.

No dia 24 de fevereiro de 1932, a mulher conquistou o direito ao voto, assim, temos algumas vitórias, mas muito mais há que ser conseguido. Monumentos costumam ter cor escura, mas há esculturas de libélulas e borboletas multicoloridas homenageando mulheres notáveis em Montes Claros. Eis que o dia 8 de março surge com seu “Dia Internacional da Mulher”, cobrindo o mundo de rosa.

O arco-íris e as bandeiras com suas cores representam as conquistas da população LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer e Intersexo) que, em suas manifestações por direitos e representatividade, se vestem com capas coloridas de forte estética.

Terminada sua restauração após um incêndio multidestrutivo e descaracterizador, a Catedral de Notre Dame de Paris mostrou seu teto transparente, multicolorido e retorcido no topo. Ficou bonita e surpreendente, ainda que possa parecer aos críticos de arte arquitetônica como um chapéu que nada tenha a ver com seu dono, considerando-se que a igreja é medieval e o teto futurista.

Os negacionistas não aceitam a realidade, não usam máscaras e a pandemia foi criada num laboratório da China, para vender o antídoto e multiplicar fortunas. Não acreditam que brasileiros estejam adoecendo e morrendo de Covid-19. O número de mortos é inventado por um complô mundial para dominar as mentes, inclusive as vacinas inserem um chip no cérebro e mudam o genoma humano. 

De camisa verde e amarela, acreditam que a Terra seja plana e o tratamento com cloroquina, ivermectina e azitromicina, sem lastro científic, é melhor do que se vacinar. Não aceitar a vacina é ato político e o discurso, ainda que patético, vai se repetindo.

Que cores tem sua vida? E sua saudade? Pintar a realidade com falsas cores faz com que se torne menos feia? Nos tétricos dias chumbosos que correm, quando a peste macabra escapa dos gráficos e opera horrores, dá vontade de colorir o que nos resta de verde, a cor da esperança, da ciência e da medicina. Que se possa sobreviver à pandemia e ao obscurantismo!

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