Lixeiras de cores diferentes, aptas a receber a coleta seletiva de lixo, são vistas em alguns locais de Montes Claros, mas ainda não temos esse serviço. Ações individuais, como o uso de sacolas retornáveis, separação de recicláveis, redução no consumo de água e utilização de canecas retornáveis no trabalho foram abandonadas com a pandemia.
Os copos descartáveis e canudinhos, já em desuso em alguns locais, voltaram. O consumo plástico aumentou 25%. Devido ao recuo econômico, queda do Produto Interno Bruto (PIB ), desemprego e sumiço do dinheiro, a produção de lixo reduziu 9%, mas descartáveis e plásticos aumentaram.
As máscaras (a maioria usa proteção lavável), caso fossem de uso único, apenas no Brasil, seriam utilizadas 3,5 bilhões delas por mês. O descarte desse produto sujou a natureza, colocando em risco animais que as engolem ou se embaraçam em suas alças.
Devido à insegurança sanitária, a separação de recicláveis, uma atividade civilizatória mundial e essencial, feita manualmente no Brasil, foi suspensa nas grandes cidades. Mesmo em Montes Claros, os coletores de material reciclável estão em casa.
Recuamos em relação a esse importante item de preservação. Houve também, de alguma maneira, um maior descarte de plástico. Busquemos a reutilização.
O plástico pode manter em sua superfície o novo coronavírus – SARS-Cov 2, causador da Covid-19, durante mais tempo que em outras superfícies. As informações são divergentes, mas se observa que a viabilidade desse vírus pode durar até 72 horas (estudos mostram ser seguro reutilizar o plástico), do que em papelão – que são 24 horas – e nos tecidos, onde podem resistir por até 96 horas. Soube-se que a cédula monetária e o celular podem manter o vírus estável por até 28 dias, por isso se deve usar o álcool 70º para limpar objetos.
Na segunda onda da pandemia, cada um poderá verificar em seu lixo o que está devolvendo à natureza. Que a consciência de cada um se defina pela manutenção dos cuidados de proteção individual e que se tente produzir menos lixo plástico, porque a Covid-19 não será só hoje.
Com as novas cepas mutantes, é preciso segurar os medos, cuidar de si, mas sem se esquecer do nosso planeta azul.