Ainda surpreendem o comportamento do SARS-Cov 2 e sua maneira de infectar, evoluir sem sintomas ou desenvolver Covid-19, com manifestações como febre, tosse, cansaço, dores de garganta, cabeça e musculares, perda do olfato e paladar, diarreia, conjuntivite e falta de ar.
Os casos graves evoluem de forma imprevisível, podendo matar o hospedeiro mesmo com suporte intensivo. A medicina vai aprendendo a lidar com esse vírus.
Na evolução, o SARS-Cov 2 altera seu material genético para enganar os anticorpos que sabem vencê-lo. Vinte linhagens circulam no Brasil e não mostraram impacto na disseminação viral, ou geração de Covid-19 grave, ou fuga das vacinas, por serem variantes pouco modificadas.
A estrutura viral mantém-se alvo dos imunizantes, mas, caso as cepas se tornem muito diferentes, é possível adequar as plataformas vacinais para o novo mutante. Já os vírus Influenza exigem uma vacina a cada ano.
O ser humano embruteceu-se. Na semana passada foi descoberto um duplo assassinato de mãe e filha (34 e 9 anos, respectivamente), ao que tudo indica, levado a cabo pelo marido (36 anos) em conluio com outra filha da vítima (16).
Uma irmã da falecida contou à polícia que a irmã casou-se com o suspeito três meses após conhecê-lo. Que o pai dela mencionou ter visto o padrasto beijando a enteada.
As duas assassinadas estavam desaparecidas há quatro meses, e a filha suspeita falou que a mãe tinha ido embora com um novo namorado.
Após os corpos terem sido descobertos enterrados no quintal da própria casa, e o Instituto Médico Legal (IML) dar por causas das mortes facadas na adulta e pancada na cabeça da criança, os vizinhos contaram sobre a movimentação na moradia na véspera do desaparecimento, quando a dona da casa foi vista desfazendo-se de grande quantidade de terra.
Para a irmã da morta, sob ameaça, a mulher abriu a própria cova. Há indícios de que a filha e o viúvo suspeitos vivam maritalmente, sendo esta a motivação do crime.
A crueldade do SARS-Cov 2 não distingue quem irá morrer, mas tem comportamento mais previsível do que seres desumanos crudelíssimos, que assombram pela sua perversidade.
Que se possa vencer o vírus com a vacina, e que os criminosos, quando punidos, humanizem-se.