Reminiscências Juiz-foranas

07/05/2021 às 00:02.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:52

São momentos de muita emoção aqueles passados às quartas-feiras num patrocínio da Academia Juiz-forana de Letras. Sua presidente, Cecy Barbosa Campos, deu início ao I Curso de Literatura da referida academia para que todos que desejassem pudessem conhecer nomes de literatos ligados à história literária de Juiz de Fora. 

Uma riqueza incontestável trazida pelos pesquisadores, que não se negam a buscar e a nos trazer as belezas escondidas nas páginas históricas de Juiz de Fora, deixadas por aqueles que por ali passaram ou moraram ou ali nasceram e viveram. São momentos para serem cultivados e arquivados no mais íntimo do ser como uma reminiscência, uma relíquia de valor incontestável.

Dia 21 de abril Alice Gervason falou sobre a vida e obra de Cléa Gervason Halfeld, num relato emocionante e com preciosas informações. Segue abaixo o que ela explanou:

Cléa Gervason Halfeld nasceu em Juiz de Fora em 16/09/1944. Casada com o professor e diretor da Bayer, Geraldo Halfeld, com quem teve quatro filhos: Alexandre, Fernando, Fátima e Maria. Durante dez anos, colaborou com a Revista “O Lince” e o semanário “O Lar Católico”. 

Autora de diversos livros infantis: Paulinho e o Passarinho, O Jardineiro Misterioso e o Raiozinho de Sol, A Cadeira Voadora, O Pombo Correio, O Último Canto, Os Guardas Noturnos da Fazenda, Os Lanterninhas das Estradas, entre outras obras de poesia, conto e crônicas: Devaneio, Eu penso..Nós Pensamos...Eles Pensam em co-autoria com Rosângela Rossi, Varinha Mágica, Simplesmente Versos, Pontos de Vista, Policromia das Cores e Bate Coração (Póstumo).

Cléa era poeta sensível, professora e jornalista, colecionadora de pensamentos. Era esposa, mãe, avó, enfim uma mulher amiga virtuosa. De alma rara, estava sempre disposta a ajudar seu semelhante o tempo todo. Intelectual competente, conciliava pela palavra os contrários da leveza e da grandeza dos sentimentos. Assim Marisa Timponi a definiu. Hoje ocupa sua cadeira na AJL.

Em um de seus livros - Pontos de Vista -, Cléa assim se expressa: “Seria tão bom se tudo pudesse ser mais simples, mais humano. A paz entre os homens parece impossível e, no entanto, a sua fórmula está ao alcance de quem se interessar verdadeiramente. Lembro-me das minhas primeiras lições de catecismo, quando aprendi os Dez Mandamentos. Na sua misericórdia, no seu amor tão puro, Deus ofertou aos homens a fórmula milagrosa para um mundo de paz. Se todos seguissem na íntegra estes mandamentos, a paz entre os homens não precisaria de tantos compêndios, de tantas discussões. Lembremo-nos deste pensamento tão profundo: “A paz não é uma bandeira branca. É uma alma limpa”.

Cléa compôs a letra dos hinos da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Catedral Metropolitana, da Escola Saci Pererê e da Escola Maternal e Infantil Peixinho Dourado, todos em Juiz de Fora. Faleceu em 9 de maio de 1999, deixando um rico legado literário, cultural e humano, apreciado e valorizado por todos.

Parabéns a Cléa Gervason por tão indiscutível e bela obra!

Parabéns a Alice Gervason pela pesquisa, que é um grande legado para as gerações futuras.

  

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por