Recordações fazem alegrar

07/01/2022 às 00:31.
Atualizado em 10/01/2022 às 02:02

Dezembro findava-se com seus folguedos natalinos: festas, presentes, viagens, luzes, enfeites, tudo para celebrar o Natal. Mas dezembro tinha uma outra comemoração: era o aniversário de Maria Vitória, uma menina inteligente, de uma alegria contagiante junto à felicidade indizível de seus pais. Seu aniversário teve como tema “A Fazenda”, onde se viam balões com cara de vaquinhas sobre a mesa, uma vaquinha de cerâmica no salão de festas. Os pais vestidos com uma camisa xadrez e a aniversariante também naquele “tal pais, tal filha”. Tudo assim com originalidade, que despertava a todos para a contemplação do belo, do amor e da felicidade que inundava a todos. 

Havia de tudo que se vê em festas infantis: docinhos nas forminhas, salgados deliciosos, sucos, refrigerantes. Mas como uma festa na roça, tinha muitos doces de corte, pedaços avantajados, numa variedade disforme. Para as crianças, via-se a caixa-surpresa com pipocas, balas, chocolates, mas ainda havia outras surpresas. Quantas! Tantas! Bolsinhas porta-níqueis, lápis e outros assim distribuídos pelos pontos do salão.

Uma festa com poucas pessoas, seguindo o protocolo de segurança contra o coronavírus. Eu estive ali, pois Maria Cecília, a mãe de Maria Vitória, é amiga de minha filha Maria Teresa. Eu esperei uma festa de criança como merecem as crianças, mas aquela festa foi além de minha imaginação. Foi um momento único de um reencontro com amigos que há muito não nos víamos; foi o reencontro do amor, da saudade dos casos e dos causos. Recordações de um tempo que passou, mas que soubemos valorizá-lo, pois ali estávamos trazendo-o à lembrança, recontando histórias e momentos e emoções e um turbilhão de recordações perdidas no tempo e reencontradas ali naquele feliz reencontro. 

Ali estávamos como tapeceiras alinhavando os instantes do passado com os do presente, trançados com os mil segredos da ternura e do querer bem, sem alarde. Ali na fazendinha nos entretemos numa conversa agradável, onde alinhavaríamos contos, versos e cantos ao anoitecer sem pressa alguma do amanhecer. 

Já havíamos juntado tantas lembranças e, quando comecei a me despedir dos amigos de outrora, que também são do agora, Rute, uma companheira de infância, avó da aniversariante, convidou-me para um outro ponto do espaço. Então ela me presenteou com algumas mudas de plantas medicinais para eu cultivar em minha casa, pois precisamos preservar as origens e conservar as plantas, o verde numa perpetuidade da vida no planeta.

Saí dali como em êxtase, envolvida num encantamento tal que há quase dois anos havia desaparecido nas dores e dissabores da Covid-19. Ali, a liturgia do companheirismo fecundou a comunhão entre os presentes, tornando-nos uma só abençoada família, onde com ímpeto o amor debruava o tenho dito para o discurso daquela celebração adornada pelo Espírito Santo.

Mas ainda temos porque celebrar! E Maria Vitória, vitoriosa, como o próprio nome indica, deu um colorido todo especial à festa correndo, vibrando e comemorando com risos, com júbilo e palmas o seu aniversário de vida plena das bênçãos de Deus!

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