O amor na literatura clássica: Caio Valério Catulo

01/10/2021 às 00:01.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:59

Palestra número 1 do II Ciclo de Palestras promovido pela Academia Juiz-forana de Letras, em 25/8/2021, pelo Acadêmico José Geraldo Heleno: Literatura Clássica pode-se referir a Literatura produzida na Antiguidade Clássica pelos gregos e romanos; Literatura do período do Classicismo, movimento cultural no período do Renascimento, a partir do século XV na Europa. A Literatura Clássica caracteriza-se por versos decassílabos, bem considerado como beleza, inspiração de Grécia e Roma antiga; eterna busca pelo equilíbrio, platonismo, simplicidade, clareza, universalismo, fim das figuras de linguagem e da prolixidade no discurso.  São palestras que vêm despertar o interesse do estudante ou leitor e aguçar a sua curiosidade. Caio Valério Catulo, nascido em Verona, foi contemporâneo do grande orador romano Marco Túlio Cícero, e do político, general, conquistador das Gálias, Caio Júlio César. Viveu entre 84 e 54 a.C. aproximadamente.  Foi um dos grandes poetas da literatura latina e responsável pelo rompimento com o fazer literário tradicional de Roma inspirado no poeta Ênio, e sua inserção nas novas tendências poéticas do mundo helenístico. Era bem relacionado no mundo da cultura e da sociedade romanas. Fez parte do grupo de jovens poéticas, batizados por Cícero, não sem algum desdém, como poetas neotéricos, ou seja, juvenis. Sua poesia se inspirou especialmente em Lésbia, criptônimo de Clódia, mulher romana de rara beleza e costumes questionáveis.  A poesia de Catulo, na celebração do amor, perpassa todos os tons, do amor-amizade, tão valorizado por Aristóteles e Cícero e pelos estoicos, passando pelo amor erótico, até chegar à sua negação no sentimento de ódio, realizando o que ele próprio expressa no seu dístico: Odi et amo, quare id faciam, fortasse requiris Nescio, sed fieri sentio et excrucior (Odeio e amo. Como isso se faz? Talvez me perguntes/Não sei. Mas sei que isso acontece, e me torturo). É notável a interlocução de Catulo com seus contemporâneos, especialmente Cícero e César. Pouco apreciado por Cícero em razão de ter rompido com os modelos poéticos de Ênio, ele não poupa César em seus poemas-invectivas. Que cada um de nós tenhamos sido despertados para conhecermos mais da obra de Caio Valério Catulo, que o escritor, acadêmico da Academia Juiz-forana de Letras MG José Geraldo Heleno nos trouxe deixando-nos curiosos pela Literatura Clássica.  

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