E a empatia?

16/10/2020 às 00:50.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:48

Lendo uma fábula numa Revista Infantil, fiquei muito impressionada pois dela tirei muitas proveitosas lições. Num grande jardim, onde cultivavam-se lindas flores, havia entre elas uma flor, cujo nome era Perfect por ser ela linda e se distinguia entre todas. Perfect tinha sete pétalas, cada uma com a cor do arco-íris: vermelho, verde, azul, laranja, amarelo, anil e violeta. Daí o seu nome: era perfeita na Natureza.

Todos os insetos do jardim e os animaizinhos entretinham-se a admirá-la pela sua beleza. Perfect era amiga de todos sem distinção. Um dia, uma das pétalas de Perfect caiu, e ela ficou muito triste. E mais triste ainda ela ficou porque as borboletas olhavam-na espantadas, os beija-flores fugiam dela ao descobrir que estava mutilada; as abelhas se afastaram e as joaninhas recusavam protegê-la. Assim todos os insetos viam Perfect como ameaça.

Uma noite, Perfect chorava copiosamente e em soluços, então o vaga-lume descobriu-a e lhe perguntou o que estava acontecendo.

-Eu estou triste vaga-lume!

-Mas por quê?

-Eu estou ferida e já não tenho uma pétala! A mais bonita soltou de mim.

-Mas você continua bonita Perfect.

-Não me chame Perfect vaga-lume! Chama-me Defect porque a deficiência desabou sobre mim. Meus amigos me desprezam, fogem de mim assustados!

-Não Perfect, para mim você continua perfeita! Esses que fogem de você assustados nunca foram seus amigos. Eles lhe admiravam, apreciavam sua beleza, orgulhavam-se de sua beleza diante dos outros. Amigos, Perfect, amam o outro do jeito que ele é, olhando somente suas qualidades, não se demoram em suas agruras a não ser para amenizá-las. Vamos, pare de chorar. A sua pétala amarela que caiu, com o brilho do sol, ela renascerá sob o fulgor intenso de seus raios, que são vida, à vista de todo jardim.

Que vaga-lume sábio! Que vaga-lume empático! Ele teve conduta e emoções relativos àquela flor triste e deprimida! Ele sentiu na pele a dor do próximo!

Precisamos exercitar a empatia no mundo em que vivemos. Estamos muito alheios à dor do outro. O mundo de sofrimento em que vivemos é o mundo onde imperam a vaidade, o descaso, o ciúme, que impedem vivermos um mundo melhor, e que somos nós os protagonistas dessa peça no palco da vida.

Li de uma escritora cristã: “Se de verdade queremos que haja paz no mundo, comecemos amar-nos uns aos outros no seio das nossas próprias famílias”.

Então, esse amor transbordará para os demais.

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