Estamos vivendo momentos cruciais impostos pela pandemia do novo coronavírus; uma crise mundial de uma enfermidade, que tem feito vítimas fatais. Por esta causa estabeleceu-se o Distanciamento Social evitando aglomerações, contatos de várias pessoas juntas para acautelar-se contra contágios e mortes.
O distanciamento faz-se necessário já que o vírus é de alto contágio e funesto; muitos, entretanto, criaram com o Distanciamento o Desencorajamento Social. Perderam-se nessa circunstância e tornaram-se desencorajados perdendo a motivação para a vida. Estão alienados: comem, bebem, assistem TV, absorvem as notícias mais drásticas, usam celulares, telefones fixos, mas sentem a falta física dos amigos, os encontros mesmo que rápidos na rua, as reuniões. E daí vem aquele rosário de lamentações.
Não pode e nem deve ser assim. Estamos vivenciando uma vida restrita, mas precisamos dar sentido à existência. Fui surpreendida num dia da semana no lusco-fusco com um grupo missionário que foi assim emocionante, impressionante mesmo: um saxofone, um violão e vários jovens cantando e nos saudando, os vizinhos curiosos vieram ver e nós nos deleitamos naquela cantata vespertina.
_ Mas não é tempo de Distanciamento Social?
_ Distanciamento Social não é desencorajamento e nem comodismo. É viver a vida dentro dos parâmetros de higiene transformando a minha vida e a existência do outro; tornando-nos mais fortes num clima de pandemia e de um possível envolvimento social sem alterar as restrições. O grupo chegou mascarado, manteve distância, cantou e se despediu deixando-nos cheios de alegria.
O novo coronavírus é uma doença perigosa, que pode matar; mas a falta de coragem, o comodismo, o alheiamento, o isolar-nos de nós e em nós mesmos também podem matar e/ou marginalizarem-nos.
Dentro de casa vamos cantar, tocar, enviar mensagens, ler, escrever, gravar vídeos, experimentar e enviar receitas culinárias; há muitas atividades que podemos realizar a distância! Vamos fazer valer a pena o Distanciamento Social sem o comodismo, o desencorajamento e a falta de fé.