Era uma vez. Essas palavras mágicas tinham o condão de atrair pessoas para perto de quem as pronunciava. Era uma vez era o prenúncio de algo bom, ou triste, ou inquietante, que vinha encher a mente e o coração. A arte de contar histórias vem desde os primórdios da humanidade. É um instrumento capaz de servir de ponte para ligar as diferentes dimensões e conspirar para a recuperação dos significados que tornam as pessoas mais humanas, íntegras, solidárias, tolerantes e dotadas de compaixão.
Todos gostam de ouvir histórias. Assentados no chão, ao redor d’uma fogueira ou assentados nos bancos ou cadeiras ou carteiras em sala de aula. Ouvir histórias é muito aprazível! Mas o meu grande prazer é contá-las para crianças ou adultos, para quem está triste ou alegre. Eu amo contar histórias.
Desenvolvo um projeto há bastante tempo que é levar a história nas escolas, dentro de Montes Claros ou fora dela. Já percorri uma boa parte desse Norte de Minas contando histórias para as crianças e motivando os adultos. A maneira de apresentar a história é bem diversificada com materiais para ilustrá-las, gravuras, sob forma de poesia, histórias cantadas; há muitos recursos com dramatizações, fantoches. São muitas maneiras e com o exercício de contá-las, outros meios vão surgindo.
“Para contar história, não basta apenas ler, mas também interpretá-las com arte. Uma história deve ser contada emocionalmente e não simplesmente em seu enredo, por isso deve ser lida muitas vezes e atravessar muitos caminhos”.
Lembro-me de quando fui professora. Os alunos aguardavam a sexta-feira, porque iriam ouvir história. E quando eu pregava no quadro de giz a frase: É HORA DE HISTÓRIA, havia um brado de alegria e palmas para receber aquele momento mágico. E creiam-me! Eu vi muitas vidas infantojuvenis transformadas pelo exercício de ouvir histórias. Contemos histórias. Edifiquemos o caráter de nossas crianças. Ensinemos os reais valores morais e espirituais com os quais elas poderão transpor os desafios que a vida impõe.
Comece com: Era uma vez... “Porque um joelho ralado dói menos do que um coração ferido” pela decepção, ansiedade, preocupações desnecessárias e pelos medos infundados. Comece com Era uma vez...